Fim-de-semana

30 de janeiro de 2017

Chuva. Céu cinzento. Aqueles dias em que só nos apetece enrolar em mantas e dormir. Ou ler um livro. Ou ver filmes. Fiz de tudo. Recebi a sobrinha para jantar e passar a noite de sábado para domingo. Diana feliz. Gabriel foi para a tia. Feliz também. Domingo acordei à hora que o corpo quis (9h, i-u-hu! estou velha, é o que é, se fico mais de 7 horas deitada começam a doer-me as costas. é triste).
Pôr roupa a lavar, fazer panquecas de banana, arrumar a loiça, lavar o micro-ondas, continuar a ler o meu livro. As miúdas acordaram mais tarde e depois foram brincar para a rua enquanto nós nos despachamos para sair.
Rumámos a Sintra, e logo que passámos a ponte o céu começou a fechar cada vez mais, até que aquele cinza escuro cor de tempestade deu lugar a uma chuvada. Chegámos a ponderar voltar para trás. Mas ainda bem que arriscámos. Mal nos aproximamos da costa, a chuva deu tréguas. Almoçámos numa antiga adega, agora convertida em restaurante. Despretensioso, rústico, nada a ver com os restaurantes da moda, mas a comida era muito boa e não foi um horror de caro.
Passeamos entre a vila de Azenhas do Mar e a Praia da Adraga. Eu acho que há qualquer coisa de infinitamente romântico e belo na praia em dias pardacentos e chuvosos. O mar revolto, as ondas carregadas de espuma branca e as gaivotas irrequietas, a voar entre o horizonte e as escarpas. Claro que, apesar de tudo, os miúdos vieram de lá a sonhar com aquela paisagem num dia esplendoroso de sol. Teremos, por isso, de voltar.


Ai Camões, Camões...

27 de janeiro de 2017

Frida, berbulha e enrrogada.
Mensagem da minha filha no whatsapp  que continha estes três pontapés na nossa língua materna. Arrepiaram-se-me todos os pelinhos e mais alguns. 5º ano. 
Como é que se pode ajudar esta malta nova a cuidar do português?

Semana 4/52

27 de janeiro de 2017

Uma semana tranquila. Começou com nevoeiro e termina com chuva, que  voltou ao fim de mais de um mês de seca. É chato andar de transportes quando chove mas a natureza agradece. Recebi um pote de doce caseiro de abóbora com pinhões que é uma delícia. Obrigada Guida!
Deliciei-me com o hambúrguer vegetariano do Hamburguês
Recebi dois livros que já estavam encomendados há uns tempos. "The Enchanted April", que já aqui tinha mencionado. A capa (dura) ainda é mais bonita ao vivo, com os seus dentes-de-leão. Já comecei a ler. (encomendei ao Book Depository, que é excelente porque tem preços muito acessíveis e os portes são gratuitos para qualquer parte do mundo, para quem se sente à vontade a ler em inglês é uma boa opção) e "A Queda dos Gigantes", na Wook, porque tinha uns descontos para aproveitar. É uma bisarma, mas já me disseram que a escrita é tão boa que vou ler num instante.
A mão da Diana que estava em pior estado já está quase sarada, com uma grande crosta. Hoje o Gabriel faz o primeiro teste deste período (Francês). Ia tendo um fanico quando fui ao quarto dele. Eu era desarrumada na adolescência (desculpa, mãe!), mas acho que ele consegue ser pior. Tem uma incapacidade enervante para fechar gavetas. Tudo aberto com roupas penduradas. Roupa usada aos pés da cama, que não se sabe bem se é para lavar ou se ainda pode ser usada mais alguma vez. Calças no chão, camisola no puff, na cadeira da secretária...enfim...voltei a repetir o mesmo discurso que já devo ter proferido um milhão de vezes. Arrumei o que pude e fechei as gavetas. A curta meia-hora que tenho com eles de manhã não chega para mais. Deixei instruções à Diana para "fazer" uma pizza para o almoço deles (que basicamente passa por distribuir atum, azeitonas e orégãos por uma pizza congelada e colocá-la no forno). O irmão disse prontamente que "ela é uma atada" (palavras dele) e que não ia conseguir dar conta do recado. Eu insisti que era, muito capaz. Tenho esta tendência para confiar certas tarefas apenas ao Gabriel porque ele é mais solícito e desenrascado, mas tenho que começar a "apertar" com ela, para ver se ela desabrocha para a vida.




{pôr-do-sol do início da semana, visto da janela do escritório}

Constatações

23 de janeiro de 2017


 Número um. O fim-de-semana é curto demais. Número dois. Cada vez gosto mais de ir à praia no Inverno. 
Fora isto, deitei o dente a umas quantas filhoses que a minha mãe resolveu fazer para a sobremesa de sábado (e sim, já passou o natal, mas no fundo é quando a pessoa quiser), jantamos com amigos, cujos filhos passaram a ser amigos dos nossos filhos (facto que nos faz estar, amiúde, sob forte pressão para combinar algo, de modo a que os petizes possam estar juntos) e por fim a Diana deu uma queda aparatosa e esfolou mãos e o lado direito da barriga. Não seria nada de mais, mas é da Diana que falamos. Por isso tive direito a sessão de choro para pôr betadine e depois na hora do banho parecia mais que ia arrastada para o matadouro. 


Gosto tanto da minha cidade. Aqui, ao entardecer...quase ao pôr-do-sol.

Semana 3/52

20 de janeiro de 2017

 Esta semana esteve muito frio. Estamos no tempo dele, é mesmo assim. Por isso, tenho investido nos citrinos, numa de aumentar a resistência às gripes e constipações. Comi uma toranja pela primeira vez. É boa. E gigante. E amarga um bocadinho no fim. Voltei ao Frankie. Ótimo, como sempre.
O sol tem brilhado incessantemente e o céu tem estado sempre gelidamente azul. 
Os miúdos aproveitam a calmaria antes da primeira levada de testes. Para a semana já têm de começar a enfiar a cabeça nos livros.
Almada ao acordar. 💚

Também se constroem coisas boas na world wide web

16 de janeiro de 2017

Quando duas amigas virtuais de longa data me recomendam o mesmo livro, porque dizem que é mesmo "a minha cara". (obrigada, Carla e Susana)
E eu, que já não leio um livro há uns bons meses (shame on me!) já o encomendei. Waiting... 


É mesmo segunda-feira?

16 de janeiro de 2017

O marido completou mais um ano de vida este sábado. Apesar do frio tivemos sempre um sol maravilhoso a brilhar. Almoço com a família, jantar com amigos.
O domingo começou devagar, como deve ser. A casa luminosa. Fui comprar uns robalos frescos para assar no forno. Encher o peito com o ar fresco da manhã e absorver os primeiros raios de sol de mão dada com a filha refilona (que saiu contrariada para me ajudar com as compras). Uma tarde fantástica na praia a fazer fotossíntese, pés descalços a sentirem a areia fria e a água do mar. Um pôr-do-sol glorioso.
E quando o fim de semana é verdadeiramente pleno, a segunda-feira ainda apetece menos que o costume. 
Embora me tenha deitado incrivelmente cedo (22h), aparentemente para o meu corpo não foi descanso suficiente e, vai daí, quando o despertador tocou (provavelmente o toque serem passarinhos a chilrear não ajuda, mas eu não gosto de sons agressivos logo pela manhã), em vez de me levantar, caí irremediavelmente no sono. Resultado: atraso épico para o trabalho. Pior ainda foi lembrar-me que o passe tinha expirado. 
Banho rápido, atirar um pão com manteiga e marmelada e um pacote de leite com chocolate para dentro da mala e sair. 


Semana 2/52

13 de janeiro de 2017

Os miúdos têm uma forma incrível de nos tirar do sério, mas totalmente proporcional à capacidade que têm de amar. Ontem, depois de ter preparado a minha marmita e a da Diana, ela fez uma birra monstruosa, com direito a choradeira exagerada, e histérica até, porque não gostava da comida (não, não tem 2 anos, tem mesmo 10). Eu estava atrasada para sair para o trabalho. Ralhei com ela, zangámo-nos. Saí às pressas e fiz-lhe apenas uma festa nas costas, em jeito de até logo, porque ela estava debruçada na mesa a fazer o seu pequeno drama matinal. A verdade é que quando assim acontece passo o dia todo com aquela sensação de desconsolo "se eu morresse hoje esta seria a última memória que ela tinha de mim". Sim, sou estranha. O bom de tudo é que eu e ela somos iguais em tantas coisas (quase tantas quantas aquelas em que somos diferentes). Mal pus o pé dentro de casa, ao fim do dia, vem ela com aqueles braços, já tão compridos, esticados na minha direção: - tive tantas saudades tuas, mãe! hoje nem demos um beijinho e um abraço de manhã!

O resto foi rotina.

Curtas

11 de janeiro de 2017

Ele liga-me para dizer que vai fazer soja à bolonhesa para o seu almoço.
Ela liga-me para dizer que a sopa da escola era horrível e que repetiu o prato duas vezes, mas que tem muita fome e precisa de um doce.
À fome não morrem, estes meus filhos.

Controlo de pestes

10 de janeiro de 2017

Após dizimar toda a população de piolhos na cabeça da minha filha (pelo menos assim o espero), sinto que mereço totalmente  esta noite de descanso.
Mesmo ao fim de tantos episódios de pediculose, consegui trazer da farmácia um produto diferente dos anteriores. A miúda foi dormir com a mistela nos cabelos. Só amanhã darei o golpe final na bicharada.

In between...ou simplesmente crescer...

10 de janeiro de 2017

Aquela fase em que noto algum afastamento entre o meu irmão e o Gabriel, e por outro lado, observo uma aproximação com o primo João Pedro.
O Lucas está prestes a fazer 18 anos. O João Pedro quase nos 7.

Semana 1/52

6 de janeiro de 2017

Foi uma semana calma. O meu estômago portou-se bem.
O nevoeiro não nos largou. Têm sido dias frios, sempre na bruma. O meu pai fez anos (tem que haver sempre a foto de grupo da praxe). Os miúdos ainda não se habituaram bem a deitar cedo e a acordar cedo mas, com o tempo, a rotina volta a instalar-se. Hoje é finalmente sexta-feira, Dia de Reis. Acordei a horas impróprias para amassar filhoses, mas não podia falhar. Hoje encerra-se a época festiva. No domingo, com mais calma, arrumo o Natal...
Depois disto fico a ansiar pelos dias grandes, pela Primavera. ♥


Sonhar em "voz alta"

5 de janeiro de 2017

Um mesinho num local como este, longe da civilização, com mantimentos suficientes para não ter de sair para lado nenhum. Cheiro a madeira a queimar na lareira ou na salamandra, bolo e chocolate quente, neve lá fora. Árvores. Silêncio. Só o uivar do vento por entre as árvores ou o piar das corujas. Mantas, livros, caminhadas, fotografar. 

Queixinhas

5 de janeiro de 2017

Traduzir depois de almoço é tortura.

Acho muito mal que o Pingo Doce tenha deixado de vender a ração da minha gata e Farinha Pensal.

E era isto.

Pensamento do dia

2 de janeiro de 2017

Ouvir...mas ouvir a sério, não se faz só com os ouvidos, mas com os olhos e com o coração.

"Cada um deve estar sempre pronto para ouvir; mas não deve precipitar-se no falar, nem irritar-se com facilidade."
Tiago 1:19

De volta

2 de janeiro de 2017

Estas férias estive mesmo sem vir ao blog. Foi um tempo de descansar e aproveitar cada minuto com os miúdos. Foram dias frios, mas com muito sol em que saímos menos do que eu gostaria mas em que pudemos sentir o espírito da época natalícia. Muitas bolachinhas, bolos no forno, filmes de natal da Hallmark, jogos de tabuleiro, trabalhos manuais e algumas limpezas e arrumações. Eles estão a crescer tão assustadoramente rápido. Na pressa da rotina diária, às vezes nem nos apercebemos bem do quanto. É nos momentos em que fazemos stop e deixamos de olhar para o relógio que caímos na realidade e vemos o que estava bem à frente dos nossos olhos. O tempo cura tudo, dizem, mas por outro lado, não perdoa. Há que aproveitar cada segundo. O ano novo começou e com ele, o traçar de objectivos, o tentar compensar o que se falhou em alcançar no ano anterior, as promessas e os sonhos, alguns antigos, de cara lavada, outros novos a estrear. 
Os miúdos hoje ainda ficaram na ronha porque a escola só reabre amanhã, mas eu já acordei com as galinhas e peguei no batente. 
O meu pai faz 61 anos hoje, por isso é dia de festa, de celebração da vida. De gratidão imensa.
Espero que as vossas festas tenham sido felizes, com muito amor. As minhas foram, apesar do meu estômago andar a pregar-me muitas partidas (foi a primeira vez, em muitos anos, que em vez de engordar, emagreci, que é uma coisa boa, se fosse por bons motivos. 60kg, marcava hoje a balança, antes do pequeno almoço. consulta marcada para a próxima semana). 








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