Chuva. Céu cinzento. Aqueles dias em que só nos apetece enrolar em mantas e dormir. Ou ler um livro. Ou ver filmes. Fiz de tudo.
Recebi a sobrinha para jantar e passar a noite de sábado para domingo. Diana feliz. Gabriel foi para a tia. Feliz também. Domingo acordei à hora que o corpo quis (9h, i-u-hu! estou velha, é o que é, se fico mais de 7 horas deitada começam a doer-me as costas. é triste).
Pôr roupa a lavar, fazer panquecas de banana, arrumar a loiça, lavar o micro-ondas, continuar a ler o meu livro. As miúdas acordaram mais tarde e depois foram brincar para a rua enquanto nós nos despachamos para sair.
Rumámos a Sintra, e logo que passámos a ponte o céu começou a fechar cada vez mais, até que aquele cinza escuro cor de tempestade deu lugar a uma chuvada. Chegámos a ponderar voltar para trás. Mas ainda bem que arriscámos. Mal nos aproximamos da costa, a chuva deu tréguas. Almoçámos numa antiga adega, agora convertida em restaurante. Despretensioso, rústico, nada a ver com os restaurantes da moda, mas a comida era muito boa e não foi um horror de caro.
Passeamos entre a vila de Azenhas do Mar e a Praia da Adraga. Eu acho que há qualquer coisa de infinitamente romântico e belo na praia em dias pardacentos e chuvosos. O mar revolto, as ondas carregadas de espuma branca e as gaivotas irrequietas, a voar entre o horizonte e as escarpas. Claro que, apesar de tudo, os miúdos vieram de lá a sonhar com aquela paisagem num dia esplendoroso de sol. Teremos, por isso, de voltar.