Reflexão do dia

31 de março de 2015



"Na maior parte das vezes, quando dizemos que dependemos de Deus, é depois de termos tentado fazer as coisas por nós mesmos. Depois de termos tentado resolver o problema sozinhos.
Então, nessa altura, viramos-nos para Deus. O que temos de aprender a fazer é a confiar em Deus primeiro. A abrir a Sua Palavra, ler a Sua Palavra. Obter uma compreensão clara acerca do que Ele pretende para nós, e as bênçãos que nos quer dar." 

Elaine Oliver

O tanto de teimosa que é...

30 de março de 2015

Sexta-feira passaram a manhã com o pai. Vieram a Lisboa e depois o pai foi deixá-los comigo.
À sexta-feira tenho o privilégio de sair à hora de almoço. Best thing ever.
Fomos comer ao vegetariano. Era ver os olhares dos adultos presentes a contemplarem os pratos dos meus filhos atestados de salada, brócolos, grão com açafrão e cenoura, soja picante com feijão, e tantas outras iguarias que lá há. Não sobrou nada para contar a história.
Depois fomos à Conchanata, comer os melhores gelados de sempre.
- querem cone ou copo?
- cone! - em uníssono.
- Olhem que comeram muito e o cone é de bolacha e para além do mais depois escorre tudo e sujam-se todos.
- não, eu quero o cone! eu como tudo! eu gosto da bolacha! - responderam os dois.
O Gabriel come gelados em menos de nada. Não deu para chegar à chafurdice e a bolacha marchou toda.
A sôdona Diana, porém, pôs-me os nervos em franja. Ela era gelado nos dedos, à volta dos lábios, na mesa [e eu a ver que as mangas lá iam resvalar], num monte de guardanapos que foi tirando para amenizar a badalhoquice, enfim...
E finalmente, o esperado: - mãe, estou super cheia. Não quero a bolacha. 
Às vezes, contar até 100 é manifestamente insuficiente, quanto mais até 10.



Vá, que me fazem rir...eu perdoo-lhes o resto.

Cozinhados e ventanias

27 de março de 2015


Bifinhos de seitan (feito por mim) com cogumelos e natas vegetais. Uma delícia.


Na quarta-feira fui matar saudades da comida do Espaço da Rosa. A verdade é que é um bocado dispendioso e não dá para ir todos os dias, mas é um pequeno luxo ocasional que vale muito a pena!


A minha especialidade, jardineira de soja, também não fica a dever em nada ao menu dos melhores restaurantes vegetarianos. Tive a melhor escola e uma excelente professora, a minha mãe.
Esta foi uma semana marcada pelas ventanias constantes e pelo frio, mas diz que para a semana passamos do 8 para o 80. Vem aí o calor!

Carros e fases da vida

23 de março de 2015

Os carros marcam etapas. Sempre os tivemos em 2ª mão. Não há dinheiro para comprar carros a estrear. Quando casámos tínhamos um Fiat Punto comercial, preto. Quando fiquei grávida do Gabriel comprámos um Renault Clio. Poucas semanas antes da Diana nascer comprámos o Volkswagen Golf, carrinha que tínhamos até ao presente.
Hoje dissémos-lhe adeus e estreámos o nosso leãozinho. Um Peugeot 307, carrinha. Os miúdos estão maravilhados porque passa cd's, tem 2 tabuleiros, um tecto de abrir e dois lugares extra na bagageira "just in case". É usado, mas para nós é novo e esperamos que ande muitos quilómetros connosco e nos transporte ao longo de muitas aventuras, gargalhadas, cantigas e conversas. 

Fim de semana

23 de março de 2015


Os Clubes de Desbravadores das igrejas de Corroios, Almada, Paivas e Barreiro juntaram-se para distribuir garrafas de água e abraços grátis pelos transeuntes numa das praças mais conhecidas de Almada. Também se dinamizaram rastreios de saúde gratuitos a quem passou e quis medir a glicémia, a tensão arterial ou ter aconselhamento médico com alguns dos enfermeiros e enfermeiras presentes.
E cantámos. Muito. É bom cantar o amor de Deus para quem quiser ouvir. Eu, pela parte que me toca, foi até a voz me doer, literalmente. Cada um é para o que nasce. ☺
O domingo foi um de muitos mimos, filmes e sofá.
À tarde ainda fomos ver o Gabriel jogar e vivi o meu momento "dona dolores" versão benjamins da distrital, quando os responsáveis da equipa adversária me tentaram aliciar a deixar o Gabriel treinar para eles.
Tirem-me deste filme! ☺

Datas importantes da semana

20 de março de 2015


Ontem foi Dia do Pai.


A Carina, a minha menina das alianças, completou 17 anos de vida. Uma bênção e, por isso, estamos gratos. A Diana "fez um bolo" para ela.

Para compensar a manhã caótica e a chuva

17 de março de 2015


Chegou este livro às minhas mãos. Estou desejosa de concretizar o que lá vem dentro. As fotos estão tão boas que apetece mergulhar nas páginas, para dar umas trincas nos petiscos.


Para ajudar à "festa" almocei [por cinco euros] uma pasta maravilhosa, "meatless", saborosíssima, com cogumelos frescos, beringela, courgette, abóbora e queijo mozarella [e um cheirinho de manjericão no topo]. Quem disse que comer fora é sinónimo de comer "gordices"? ☺

Mensagens subliminares

17 de março de 2015

Os miúdos partiram a balança lá de casa. 
De facto, há coisas que mais vale não sabermos.

O eterno Março...

16 de março de 2015

Dizem os entendidos que amanhã volta a chuva e se manterá por cá até Domingo.
Quase custa a acreditar, depois de tantos dias de sol. Ontem quase me senti tentada a ir dar uma escolha às roupas de verão dos miúdos, porque as t-shirts já fizeram falta.
Esta é a fase do ano em que, por vontade do pai, iam quase despidos para a escola e eu ainda insisto nas camisolas interiores ou mesmo em golas, porque de manhã continuam a estar 8º (apesar de à tarde estarem 17º).
Tenho andado cansada. [para não variar, esta conversa é vira o disco e toca o mesmo, até a mim me chateia, mas é a realidade] Mal venho aqui escrever.
Hoje já preenchi a minha folha de férias. Não é nada do outro mundo, mas só o facto de vermos aqueles dias assinalados no papel dá-nos uma dose extra de alegria. Algo por que ansiar.
Esta é a última semana de aulas do 2º período. Este ano lectivo está a voar. Pelo menos é a minha sensação. 
Em comparação com o ano passado, este ano respiramos tranquilidade porque não há exames para nenhum deles e não prevejo chumbos [a menos que o mundo se vire de pernas para o ar em 2 meses].
Por agora aguardamos a mudança da hora, para podermos, ao menos, saborear dias mais longos depois do trabalho.
O pai ontem limpou o canteiro e plantou alfaces, pés de pimentos e de tomate. Venha o calor, que nós já tratámos de arranjar as saladas! ☺

ps: a minha velhinha Nikon D40 fez um voo picado até ao chão e está nos cuidados intensivos. temo que não se safe. estou triste.

A quem interessar

12 de março de 2015




Penso que é muito útil, para quem segue um regime alimentar vegetariano.
Pena só encontrar em inglês.

8 de Março

8 de março de 2015

Não recebi flores, nem me levaram a comer fora. 
Mas tenho um pai que amou a sua mãe, minha avó, como eu quero que o meu filho me ame.
Um amor que dá comida à boca, quando já não se pode mais, que limpa feridas e o que mais houver, que abraça e conforta, quando já não podemos oferecer mais nada a não ser gratidão.
Tenho um marido que me ama, que me ajuda, que divide tarefas domésticas e cuidados aos filhos. 
Tenho um filho que na sexta-feira, me ligou para dizer:
- mãe, tratei do meu almoço. Cozi o peixe, as batatas e os brócolos. Depois temperei tudo com azeite e limão. Estava delicioso!
Desligámos. 
Passados 15 minutos ligou novamente:
- mãe, precisas que faça alguma coisa aqui em casa?

E estas são as minhas "flores" do dia da mulher e de todos os dias. 
Eu filha, eu mulher, eu esposa, eu mãe, eu irmã, eu tia...eu feliz. 
É bom lembrar que tempos houve em que as mulheres não tinham voz e morreram para se fazer ouvir. Eram minimizadas em casa e na sociedade. 
Hoje continuam a ser, a um outro nível de civilidade, é certo, mas de uma forma condescendente e disfarçada. 
Porém, também é bom sublinhar que são as mulheres que continuam a criar homens machistas, preguiçosos e preconceituosos. 
Faço a minha parte tanto com o meu filho, como com a minha filha e, dos frutos que já me são dados a colher, sigo convicta de estar a fazer o meu melhor. 

Filho: - não te cai uma mãozinha se ajudares nas tarefas domésticas e souberes tomar conta de ti. As mulheres gostam de homens bem resolvidos. 
Filha: - homem nenhum tem o direito de te bater ou de te diminuir. Isso não é amor. O amor faz-se nas pequenas coisas do dia-a-dia. Nunca aceites menos que isto.

Bolinhos de Laranja e Cacau

3 de março de 2015


Ficaram muito bons. Gosto sempre do contraste entre a intensidade do cacau e a acidez da laranja.

Deixo-vos a receita das duas massas. Super simples.

Massa de cacau:
150g manteiga
150g açúcar amarelo
3 ovos
125g farinha com fermento
25g cacau em pó

Bater o açúcar, a manteiga e os ovos e depois envolver a farinha e o cacau.

Massa de laranja:
150g manteiga
150g açúcar amarelo
3 ovos
150g farinha com fermento
meia colher de chá de fermento em pó
raspa e sumo de uma laranja pequena

Bater a manteiga, o açúcar e os ovos e por fim juntar a farinha, o fermento e a raspa e sumo da laranja.

Colocar primeiro a massa de cacau e depois a de laranja, mexendo depois com um palito, para uniformizar as duas massas.

Levar ao forno durante 15/20 minutos a 190º, em formas para muffins.

Voltar a ser vegetariana ou breve momento autobiográfico

3 de março de 2015

Este é um dos meus grandes objectivos para 2015.
Quero muito e vou conseguir, até porque para mim não é um sacrifício. É só mesmo uma questão de compromisso e decisão.
Até aos 18 anos nunca entrou nem carne nem peixe na minha boca. 
[os meus pais são vegetarianos desde 1979. Até ao nascimento do meu irmão, em 1999, sempre incluíram o leite, os ovos e derivados (queijo, iogurtes, etc) na nossa alimentação. Depois disso, como o meu irmão tinha asma, deixaram o leite de vaca e passaram a consumir leite de soja, reduzindo o consumo de ovos e queijo]
Eu, a partir dos 18, volta e meia, condescendia com o meu regime alimentar, em refeições fora, na casa da família do namorado, que nunca na vida tinha ouvido falar de soja e bifes de seitan.
Os meus princípios religiosos sempre circunscreveram as minhas incursões ao mundo animal ao consumo de frango, peru, vaca e alguns peixes (só os que têm simultâneamente escamas e barbatanas). 
Quando casei, aos 23 anos, deparei-me com a realidade de ter de gerir a minha casa, e as escolhas alimentares faziam parte das muitas coisas que uma pessoa tem de organizar quando sai de casa dos pais e passa a ter de cozinhar, incluindo os gostos e as preferências da pessoa com quem se casou.
Eu, infelizmente, escolhi a saída mais fácil, a que me permitia ter menos trabalho.
Hoje arrependo-me. Muito. 
Quando fiquei grávida do Gabriel, mal podia ver carne à minha frente. Sopa, dessem-me sopa e saladas e eu andava feliz. Incrivelmente, ele desde sempre mostrou pouco interesse pela carne. Gosta de peixe, mas entre um bife de vaca e um de seitan a escolha é fácil. Ganha a opção mais saudável.
A Diana já é outra história. Come bem todos os pratos vegetarianos que faço, mas é gulosa. Isto é, um bife (sem quaisquer vislumbres de gordura) ou um hambúrguer com batatas fritas são coisas para a deixar a salivar.
Tudo se trabalha, é verdade. E eles têm a vantagem de estar habituadíssimos aos paladares e texturas do vegetarianismo. 
Deixámos, eu e os miúdos, o leite de vaca há quase 2 anos.
A carne de vaca também passou a ser carta fora do baralho de há uns largos meses para cá.
Este ano faço 36 anos. Está na hora de voltar às origens...e já vou tarde.
Vou continuar a confeccionar a carne e o peixe para o marido e isso implica mais trabalho, mas estou disposta a isso. Terei de conviver com a possibilidade de, por vezes, os filhos (ou a filha) não me acompanharem nesta opção de vida, mas quero fazer o que me deixa de bem comigo.
Ontem fiz uns pasteis sem bacalhau do The Love Food
Maravilhosos! E eu nem sou grande fã de tofu.


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