8 de Março

8 de março de 2015

Não recebi flores, nem me levaram a comer fora. 
Mas tenho um pai que amou a sua mãe, minha avó, como eu quero que o meu filho me ame.
Um amor que dá comida à boca, quando já não se pode mais, que limpa feridas e o que mais houver, que abraça e conforta, quando já não podemos oferecer mais nada a não ser gratidão.
Tenho um marido que me ama, que me ajuda, que divide tarefas domésticas e cuidados aos filhos. 
Tenho um filho que na sexta-feira, me ligou para dizer:
- mãe, tratei do meu almoço. Cozi o peixe, as batatas e os brócolos. Depois temperei tudo com azeite e limão. Estava delicioso!
Desligámos. 
Passados 15 minutos ligou novamente:
- mãe, precisas que faça alguma coisa aqui em casa?

E estas são as minhas "flores" do dia da mulher e de todos os dias. 
Eu filha, eu mulher, eu esposa, eu mãe, eu irmã, eu tia...eu feliz. 
É bom lembrar que tempos houve em que as mulheres não tinham voz e morreram para se fazer ouvir. Eram minimizadas em casa e na sociedade. 
Hoje continuam a ser, a um outro nível de civilidade, é certo, mas de uma forma condescendente e disfarçada. 
Porém, também é bom sublinhar que são as mulheres que continuam a criar homens machistas, preguiçosos e preconceituosos. 
Faço a minha parte tanto com o meu filho, como com a minha filha e, dos frutos que já me são dados a colher, sigo convicta de estar a fazer o meu melhor. 

Filho: - não te cai uma mãozinha se ajudares nas tarefas domésticas e souberes tomar conta de ti. As mulheres gostam de homens bem resolvidos. 
Filha: - homem nenhum tem o direito de te bater ou de te diminuir. Isso não é amor. O amor faz-se nas pequenas coisas do dia-a-dia. Nunca aceites menos que isto.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigada pela vossa visita!

Proudly designed by | MLEKOSHI PLAYGROUND |