Dos nossos dias

Não sei se de propósito ou não, tem andado muito abracinhos-e-beijinhos com a irmã (dá-nos tanto jeito, não é?).

Anteontem, apesar de tudo, tive que o repreender, porque deu uma palmada na mão dela, quando esta tentava (fazer asneira, é certo) ver se a terra do vaso era mesmo a sério.
- Quanto muito dizes à mana para não mexer, está bem filho?
Ela, claro, ao seu estilo inconfundível, deu uma de donzela violentada e puxou do seu mais sonoro berro e chorou muito sentida um bom bocado. Não me parece que tenha sido pela palmada, porque mal acabou o número de 'o mano bateu-me', estava prontinha, de mão alçada para lá ir pôr os dedinhos outra vez.
(a minha miúda é torta. a minha miúda é rija. a minha miúda vai-me dar água pela barba...)
Ela já percorre a casa toda em gatinhanços velozes. Graças a Deus não se sente, ainda, atraída para tentar subir a escada. Deve ter a noção de que, por enquanto, é muita areia para a sua camioneta. Quando ouve música já abana o capacete.
Ele debate-se já com as 1ªs comichões. Ainda bem que isto aconteceu agora, Verão, porque não sei como seria ter de andar a despir camisolas interiores, collants e mais não sei quê 3 e 4 vezes ao dia, para o besuntar com creme.
Hoje já tem a cabeça cheia delas, o pescoço e a cara.
Safam-se, mais ou menos, as pernas, que só têm duas a registar.