Pois é. Preparem-se para um loooooongo post.
Estou de regresso daquela que foi, uma das viagens da minha vida.
Podem imaginar quão difícil é voltar a encaixar na rotina depois de dias tão intensos e tão cheios de novidade mas, devagar se vai ao longe...
Vou tentar partilhar convosco o nosso roteiro e dizer, desde já, que planear é importante, mas também é essencial não ficarmos demasiado presos ao plano, porque no terreno tudo é diferente, as distâncias, os imprevistos, etc.
Viagem
Para lá fomos com a AirEuropa. Escala em Madrid. 1h20 até Madrid e mais 8h40 de Madrid a Nova Iorque. Um suplício, digo-vos. O ar condicionado secou-me todas as vias respiratórias. Fiquei com uma dor de cabeça impossível. WiFi avariado. Um ecrã por fila de assentos. Passaram dois filmes, mas eu nem os olhos conseguia ter abertos, embora não tenha conseguido dormir. Enfim. Um tormento. Ponto positivo, a refeição servida, que era muito saborosa.
Para cá fizémos voo direto com a Delta Airlines. 6h30 muito mais fáceis de suportar. Assentos confortáveis, ecrãs individuais com filmes e música. Ponto negativo, a comida. O prato vegetariano era seco e sem sabor. Valeu-me o bagel.
Alojamento
Ficámos
num Airbnb na zona central do Harlem.
"Ah, e tal, que é uma zona perigosa". Não é. Porém, se usarem a linha verde do metro a história já é outra, porque esta linha passa na zona Este, que é, de facto, mais sombria e esquisita. Usando a linha vermelha, azul ou laranja, não há mesmo stress nenhum. Voltámos várias vezes para casa já de noite e nunca nos sentimos inseguras.
O apartamento era limpo, quentinho e tinha todas as comodidades básicas. Alberga até 7 pessoas. Tinha 3 sofás cama e duas camas de casal. Preço muito bom. Ficou-nos a pouco mais de 33€/noite cada. 7 noites. Éramos 5. Façam as contas. Recomendo a 100%.
A cidade
Começámos o nosso primeiro dia na Grand Central Station✓. É uma estação antiga, inaugurada no início do séc. XX. O teto é lindo, as bilheteiras, o relógio dourado no centro, as escadarias. Linda.
Passámos pelo Flatiron✓, pelo Empire State Building✓ e depois fomos até East Village✓, Soho✓, Chinatown✓, Little Italy✓e depois, já de noite, subimos até à 60th street e apanhámos o teleférico para a Roosevelt Island✓(gratuito para quem tem cartão do metro - pagámos 33$ pelo metrocard, viagens ilimitadas durante 7 dias). Vista soberba para a skyline de Manhattan. Mesmo de não perder.
O segundo dia começou no World Trade Center✓. Estivémos junto ao ground zero, onde estão as duas Piscinas, norte e sul, com os nomes de todos os que desapareceram naquele dia fatídico do ataque às Torres Gémeas. O sentimento é de pesar. De silêncio. De respeito e de devastação. São tantos, tantos, tantos nomes. Demasiados.
Espreitámos o Oculus✓, um edifício futurista que serve de estação de metro e centro comercial.
Depois avançámos para o local onde se apanha o ferry gratuito para Staten Island✓, de onde se pode ver com suficiente proximidade a Estátua da Liberdade.
Almoçámos e seguimos para a Ponte de
Brooklyn✓. Era uma das coisas que mais queria fazer. É espetacular. A vista, a ponte (de 1883), a outra margem, que tive pena de não ter explorado com tempo. O pôr-do-sol foi lindo e depois fomos aplacar os desejos na
Dough, uma lojinha de donuts
homemade muito querida.
O terceiro dia foi praticamente passado a comprar bilhetes para as atrações onde queríamos ir. O Top of the Rock teve de ficar adiado para o dia seguinte porque às 11h, já não havia bilhetes para o sunset. Fica 10$ mais caro, mas vale o dinheiro. Vê-se a vista de dia, ao pôr-sol e à noite.
Ainda assim, a incursão ainda me valeu um banana pudding na Magnolia Bakery✓. Nham! Nham!
Fomos até ao Bryant Park✓, comprámos alguns souvenirs na feira de rua e visitámos a New York Public Library✓. Maravilhosa!
Também comprámos bilhetes para os espetáculos da
Broadway. Duas já tinham comprado previamente, online, para ver o Chicago. Eu e as outras duas amigas comprámos lá. Uma foi diretamente à bilheteira do teatro, para ver O Rei Leão, porque este espetáculo não tem bilhetes com desconto e eu e a outra amiga fomos à
AmericanaTicketsNY comprar bilhetes para O Fantasma da Ópera. Valeram cada cêntimo. Nenhuma de nós se sentiu defraudada.
O
quarto dia começou no
High Line Park✓. Onde antes funcionava uma linha de caminhos de ferro para comboios de mercadorias, acima do nível das ruas, agora existe um espaço verde dentro da cidade onde as pessoas podem descontrair, almoçar (via-se muita gente com
take-away, uma salada ou uma sandes, a fazer uma pausa) ou simplesmente caminhar e ver as vistas. Almoçámos no Chelsea Market✓ e tivémos a oportunidade de ver pelo menos dois murais pintados pelo
Eduardo Kobra. Depois seguimos para o
Top of The Rock✓. Entrámos às 16h40. Demoramos 20 minutos a chegar ao topo porque paramos para uma projeção sobre a história do edifício. A vista é de tirar o fôlego. Saímos eram 18h15. Não há limite de tempo para se estar no topo.
Depois terminámos a noite na
Broadway✓, onde cada uma viu o seu musical.
No
quinto dia, eu e a minha irmã passámos a manhã no Museu de História Natural. Outras foram a
New Jersey, ao
outlet, fazer compras e a Carina ficou no apartamento a estudar.
Ainda demos um pulinho ao
Central Park e que deslumbramento...
No
sexto dia, de manhã
fomos à igreja e deliciámo-nos com um sermão inspirador e um coro fantástico.
De tarde fomos novamente ao
Central Park, desta vez para um passeio mais demorado.
Domingo foi o
sétimo e último dia em NY. Acordámos a pensar que eram 7h30 e afinal eram 6h30. Tinha mudado a hora. Benditos telemóveis que atualizam automaticamente. Tivémos sorte de o voo ser bastante tarde (23h43), o que nos permitiu aproveitar o dia na totalidade. Tínhamos de fazer o
check-out até às 11h, por isso deixámos as malas num espaço de storage, próprio para o efeito, e fomos à nossa vida. Era o aniversário de uma das minhas amigas. Não é todos os dias que se faz anos em Nova Iorque, por isso fomos ao
brunch da
Sweet Chick, no Lower East Side celebrar. Comida maravilhosa, espaço giríssimo.
Depois ainda tivémos tempo para ir ao
Tenement Museum. Um museu especial. Vão que vale a pena.
E foi assim que acabou a aventura na terra do Tio
Sam. Um dia volto. Ficou prometido! ♥
adenda: utilizámos o serviço de transfer do Emerson Mancha (à chegada e à partida) e muitas das dicas que retirei para esta viagem encontrei no blog da Laura Peruchi.