As pequeninas coisas

6 de julho de 2016

Desde 2012 que apanho o mesmo metro para ao trabalho, sensivelmente à mesma hora. Não sei se vos acontece, mas ao fim de algum tempo, mesmo sem nenhuma apresentação formal, começa a ser quase espontâneo dizer bom dia às caras habituais. 
Há um senhor em particular, aparentemente já na casa dos setenta, que é de uma delicadeza e cavalheirismo que me encanta.
Com os seus sapatos sempre bem engraxados, camisa de mangas curtas enroladas, mãos de trabalho e cabelo ainda farto, impecavelmente penteado para trás. Se, por acaso, quando o nosso olhar se cruza, ele já está sentado, ao me dizer bom dia, levanta-se ligeiramente num gesto de deferência. E isto é bonito. Que pena que se perderam estes apontamentos de gentileza. Ou então é o meu Eu-Jane-Austen que se inflama com estas pequenas coisas. Não sei o nome dele. Mas fica aqui o registo da minha apreciação.

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