Máquina do tempo

29 de setembro de 2014

[1985]

Há fotos que nos abraçam, aquecem, enternecem.
Já fui pequenina. É um facto.
Mas às vezes, depois de um tempo a sermos adultos, parece que caímos numa amnésia selectiva e guardamos o ser pequenino que fomos numa gaveta esquecida, que quase nunca nos lembramos de revisitar. Como se tivéssemos chegado aqui sem ter passado por lá.
Esta foto trouxe-me tanta coisa boa. Tantas pessoas que guardo no coração, como se guardam as memórias mais valiosas da nossa infância. E é verdade o que se diz, que quem dividiu os verdes anos connosco ficará para sempre entesourado em nós da forma mais profunda e pueril.
Quase consigo sentir o babete de folhos daquele vestido que trago na foto e as mangas de balão que tanto gostava. Tenho o peito esticado, talvez para parecer mais alta e não perder o meu lugar na escadinha de primos, que não eram meus, de sangue, mas hão-de ser sempre, de coração.
Tive uma infância feliz. Muito porque eles fizeram parte dela. 
Obrigado, primo Rogério, por este mimo maravilhoso.
Quero mais!

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