Daquelas coisas que nos deixam meio atordoadas

3 de maio de 2010

Eu, que não gosto de ficar com coisas por dizer, resolvi telefonar para a Educadora da Diana, com o único objectivo de lhe dizer o que tinha sentido em relação aos acontecimentos de sexta feira.
Ela, com uma postura muito à vontade, puxou o assunto, perguntando se a Diana já tinha feito as pazes com a avó, e eu aproveitei a deixa para falar.
Quando lhe falei em tudo o que se tinha passado, e em como ela tinha ficado triste e zangada comigo. No que falou comigo em casa, e em como achava que este tipo de actividades específicas deviam ter em conta a participação de todos os pais e que horário que escolheram não era o melhor...ela sai-se-me com esta:
- pois mãe, mas as pessoas que aqui trabalham também não recebem pelas horas extraordinárias e não têm que roubar o tempo útil que cada um tem o direito de ter com as suas próprias famílias para ficar na escola, não é?
Eu, como sempre, fiquei paralisada e nunca me sai a resposta afiada que eu gostaria que saisse. Por outras palavras disse-me que as actividades eram à hora marcada e quem não pode ir, paciência. Que se lixem os sentimentos dos miúdos. A culpa é dos pais que não fazem sacrifícios para estar com eles. Foi isto que senti. Juro!
Limitei-me a dizer que numa próxima vez faria tudo para que a Diana não fosse à escola, pois não queria que a minha filha tivesse de ficar constrangida, zangada ou triste.
Ainda teve a lata de me dizer, novamente, que ela cantou lindamente e que estava animada nas actividades. Mais um bocadinho, dizia que ela não sentiu a minha falta e que eu estava a exagerar. Salientei que as crianças podem aparentar uma coisa e sentir outra oposta. E, vendo que dali não saía mais nada de construtivo, desliguei.
No fundo, apetecia-me tirar a miúda de lá e chamar-lhe nomes....parva! 
Vê-se mesmo que não tem filhos. Se os tivesse saberia...

13 comentários:

  1. Isso é simplesmente inacrditável...e não é preciso ser mãe para se ser sensível a questões como essas....basta ser ser humano e saber as exigências que a sociedade atual coloca a todas as mulheres modernas como tu.

    E ela deve ter-se enganado na proximação porque não deveria ocupar o cargo que ocupa, mas lidar com máquinas que não têm sentimentos...

    e pessoas que estão em áreas de ciências sociais...nunca deveriam trabalhar por amor ao salário, mas ás pessoas...sobretudo crianças e idosos...

    Ela é uma parva insensível...só isso.

    Zork Kissis****

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  2. Gralha:
    (proximação) = profissão

    lolol

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  3. Olha mulher quando me telefonas-te a contar nem queria acreditar no que me dizias...enfim.
    Já sabes para a próxima ligas-me que eu vou buscar a miúda e fica comigo até o meu irmão chegar. Sempre fica um infantario onde está a tia e onde respeitam os sentimentos dos miúdos.

    Muitas beijocas

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  4. Fiquei indignada só de lêr...há pessoas que não têm perfil para lidar com crianças e têm realmente falta de instinto maternal.

    Beijocas grandes

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  5. pena que nao tenhas na ponta da lingua o que tens que dizer....
    eu nessas coisas..ui ui...sai de baixo!

    Há educadoras que deixam muito a desejar!

    Bjs grandes

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  6. God... mais vale mesmo não ir à escola nesses dias já que flexibilidade do lado de lá também não existe...

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  7. Sinceramente, não sei que diga... mas coloca-te no lugar delas: se te pedissem para estares, por exemplo, mais duas horas além do teu horário normal a trabalhar, sem te pagarem, acedias? Se calhar não... As festas dos miúdos acabam sempre por bater em horário laboral (as das minhas colegas aqui do trabalho foram ambas às 9h). Cabe às entidades patronais alguma compreensão. Claro que em casos de contratação a coisa não é assim tão linear nem tão simples. O melhor é mesmo o que lhe disseste: não sujeitar a Diana a uma situação dessas e pronto.

    Beijinho (tinha saudades de te ler!).

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  8. Ui que imbecil! Que nervos que fazem esses sapos que às vezes temos de engolir. mas esses horários são mesmo mal geral. As senhoras não são pagas para ficar horas extraordinárias... nem para pensar, pelos vistos!

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  9. bem... ela não é muito pedagógica. realmente, os sapos que uma gaija não tem de engolir... dá vontade mesmo de dizer tudo o que vier à cabeça e não ter de voltar a olhar para a cara dela mas... não se pode não é?... bosta.

    kiss***

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  10. Isso é inadmissivel!!!

    Como é possivel uma educadora fazer isto??
    Eu também já faltei a alguns "eventos" desses, mas a aducadora e auxiliar foram impecaveis, chegaram a ligar- me durante para eu falar com eles!! Claro que estavam tristes, eu também, mas minimizaram essa tristeza!!

    Agora essa educadora.. eu queixava- me a direcção!! QUaixava sim!!

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  11. Na escolas em que os meus andaram, tanto a antiga como a nova, as festas sempre foram a partir das 16.00 Até aqui tudo bem, mas excusa de vir com a conversa que não recebe horas extraordinárias, isso é mesmo conversa de gaja parva.
    Coitadinha de ti, és mesmo como eu, só tenho a respsta na ponta da lingua passadas umas horas!
    Beijinhos

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  12. Depois de desligar o telefone eh que se fica remoer e a pensar: devia ter-lhe dito isto e mais aquilo etc etc e tal!!! Falta de timing eh o que nos temos....
    A conversa das horas extra era dispensavel...
    No infantario do mais velho ( ainda em Portugal) as festinhas eram as 17 e terminavam as 19, exactamente por causa dos pais que trabalhavam, aqui eh uma m%&@a por causa da segregacao de sexos os pais nao estao autorizados a entrar no Kindergarten por ser misto, por isso se eu nao posso ir o miudo fica la sem ninguem...ja houve 2 ou 3 vezes que optei por nao o mandar para a escola!!!
    Beijos

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