Semana 32 e 33/52 - 2018

21 de agosto de 2018

Ontem era para ter vindo escrever, mas a segunda-feira que precede as férias é sempre tão difícil que não fui capaz de vir aqui articular nada.
As férias começaram com uma brutal onda de calor. Quem me conhece, sabe que sofro com estas temperaturas. Uma noite, estava tão impossível de estar em casa (nada de AC) que à uma da manhã agarramos nos miúdos e fomos dormir para a praia.
O fresquinho da maresia, a areia nos pés, o som do mar ao longe no seu vaivém hipnótico garantiram-nos uma boa noite de sono, que de outra forma teria sido um tormento.
Vimos nascer o sol e demos um mergulho logo pela manhã. Acho que vai ficar na memória. São estas pequenas loucuras em família que fazem a vida valer a pena. Porque se for só o trabalho das 9 às 5 isto é uma grande estopada. 
Partimos para mais uns dias a norte, na Serra do Açor, que nunca desilude. Parece-me que, desde que os miúdos nasceram, só falhámos em 2006, porque eu estava tão planetária, com a Diana na barriga, que não quis fazer a viagem.
Avô, Pomares, Agroal, Piodão, Poço da Broca, Fraga da Pena. Estes foram os lugares onde estivémos este ano, mas há mais locais naquela zona, igualmente inspiradores, tranquilos e bonitos. Não deixem de ir e conhecer. 
A água não é tropicaliente, mas é tão límpida que os mais corajosos não vão resistir a um mergulho. E depois de se entrar, o corpo habitua-se e faz tão bem...o calor também ajuda. Os 30º ali parecem 35º.
A segunda semana foi passada mesmo em casa. Somos muito abençoados por viver numa zona onde não faltam praias fantásticas e descansar prende-se essencialmente com isto de não ter hora para acordar, desacelerar em tudo e respirar fundo muitas vezes.
Visitámos pela primeira vez o Mercado da Romeira. Gostei muito. Passa-se ali um bom bocado. Aproveitem para ir nas noites de Jazz, se forem fãs do estilo, como eu. Se gostam de tirar fotos engraçadas para o Instagram, os grafitis que embelezam as paredes dos vários edifícios devolutos ali à volta, são o pano de fundo ideal.
Por fim, passámos um dia no Portinho da Arrábida. Já há muito tempo que não íamos de marmita atrás para um dia inteiro na praia. Aquela paisagem é de cortar a respiração. Quando serpenteamos pela serra e de repente o verde dá lugar ao azul do mar esboçamos um sorriso e deixamo-nos maravilhar pela obra magnífica de Deus, que o homem ainda não conseguiu aniquilar na totalidade, e agradecemos.

Claro que nem tudo é perfeito. Os miúdos andam impossíveis um com o outro. Espero sinceramente que seja uma fase. Há alturas em que já não aguento tanto implicância.

Também fiquei de coração apertado quando soube que o meu tio, e padrinho de casamento, teve um avc... Felizmente, as consequências não foram as piores que podiam ter sido e agora já só todos torcemos para que ele tenha muita paciência e espírito positivo para recuperar dos danos que ficaram. A vida às vezes lança-nos avisos. Para mudarmos. Para melhorarmos. Nem todos têm a mesma sorte. É só um percalço no caminho, tenho a certeza. Com o incentivo e amor de todos, ele vai ficar bem. Às vezes precisamos destes abanões para colocar tudo em perspectiva. 
Apreciemos verdadeiramente as pequenas coisas do dia-a-dia, os momentos banais e corriqueiros. Num momento de volte face é disso tudo que vamos ter saudades.

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