Não te cures não ou Como envergonhar um pré adolescente em 5 passos

7 de fevereiro de 2017

1. Ligo para casa, como habitualmente, para me certificar que ele foi almoçar.
Chama, chama...ninguém atende. Passam cinco minutos, dez...vinte e cinco minutos e as chamadas são infrutíferas. 
2. Ligo para o telemóvel dele. Desligado. Começo a desenvolver diversos filmes na minha mente. 
3. Ligo para o meu pai, que normalmente é o bombeiro de serviço e às vezes sabe das coisas primeiro que eu. Nada. 
4. Ligo para o meu marido porque, a bem dizer, a ansiedade dividida torna-se mais leve. 
5. Em desespero de causa, na perspectiva de uma cria minha estar um dia inteiro sem comer, ligo para a escola. 
- Que turma? Como se chama? .... mas o menino está em aulas. Hoje é o ÚNICO dia em que tem hora de almoço das 12h10 às 13h15... PLIM, cai-me a ficha. Que grande croma! 
- mas deixe-me ver se ele está na sala, para não ficar preocupada. Eu ia dizer que não, que não era preciso, que eu só precisava era de tomar os comprimidinhos para a memória ou quiçá olhar para o horário que imprimi e afixei no painel em frente ao computador no trabalho, mas a amável senhora nem me deu tempo para responder e pôs-me em espera. 
Imagem na minha cabeça: filho na sala de aula, entra a auxiliar, "o Gabriel M"#$%& está?", filho assarapantado, tudo a olhar para ele, "era só para confirmar, que a mãe ligou preocupada porque não sabia se ele tinha ido almoçar".
E é isto. Não tem nada que saber. Escusam de agradecer. Sempre às ordens. 

3 comentários:

  1. Então...nem sei como dizer isto... Fiz precisamente o mesmo uma segunda-feira há umas semanas atrás... Até a empresa dos autocarros andou atrás da miúda... E é isto...

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