A Sôdona Sardinha anda a ficar demasiado felina para o meu coração mole.
Já é o segundo pardal que resgato das suas garras, condenado a uma morte certa...e lenta. Sim, que ela não quero comer o pobre (digo eu), mas tem particular prazer em persegui-lo até à exaustão.
O Gabriel dorme no sótão. O sótão tem uma velux. A sacaninha já consegue empurrar a janela e vai à caça para o telhado.
Esta noite, tinha eu acabado de me deitar, oiço um frenético bater de asas seguido de um chilrear aflito.
Não queria acreditar! Corri para a porta do quarto, acendi a luz e lá em baixo, ao fundo das escadas, lá estava a minha pequena "pantera" com o dito nas unhacas e a abocanhá-lo para ele parar quieto. Penas por todo o lado.
Lá levou uma reprimenda e subiu escada acima, e o pardalito escondeu-se atrás do móvel da tv, imóvel, levando-me quase a crer que tinha ido desta para melhor ou que tivesse alguma coisa partida e já não pudesse voar.
Mas não. Graças a Deus, assim que o espicacei lá voou em direcção à porta da cozinha, rumo à vida.
Ouviste Sardinha?
Não se brinca com a comida!
Aliás, a dona compra-te ração. Não tens nada que andar a perseguir amigos voadores.
Como é que a fulana os consegue apanhar é que eu não sei. Qualquer dia ponho-me escondida a ver se filmo a cena, estilo David Attenborough.
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