Sabem o que vos digo??

24 de outubro de 2014

Noites sem dormir por causa das cólicas? Aspirar ranhos, mudar fraldas e aturar birras para comer? 
"A walk in the park"....
Agora é que a coisa começa a apertar. Agora é que começam as verdadeiras preocupações e desafios. Agora é que vemos do que somos feitos.
O meu filho está prestes a fazer 10 anos. Agora é que é. So help me God!
Esta não tem sido uma semana fácil. Também não foi dramática. Mas a verdade é que educar dá muito trabalhinho. Causa-nos muito desgaste mental e faz com que nos debatamos com muitas perguntas, todos os dias. Pensamos que a nossa experiência como filhos nos vai dar o mote para que tudo corra bem, agora na pele de pais. Não vamos repetir aquilo que os nossos pais fizeram e que nos desagradou e vamos fazer todas as coisas boas que os nossos pais nos ensinaram e aquilo vai ser "trigo limpo, farinha amparo". Mas não. Os nossos filhos não são nós, vivem num mundo que deu uma série de cambalhotas morais e culturais desde que nós tivemos a idade deles. 
Ou seja, devo estar a sentir-me tão preparada para isto quanto os meus pais se sentiram na altura deles.
O medo de perder as rédeas da coisa é algo que me assombra um pouco, confesso. Pensar que mais tarde vou chegar à conclusão de que "se naquele dia tivesse dito ou feito isto, talvez..."
Quero estar no controlo, sem esmagar, sem anular, sem asfixiar...e isto, meus amigos, é difícil.
Tiro o telemóvel? Guardo a playstation? Obrigo-o a ler livros? Dou-lhe um tabefe se for mal-educado connosco? (sim, convenhamos que dar uma palmada no rabo, a partir de certa idade, é ligeiramente ridículo. Para nós e para eles. Descobri isso esta semana).
Só queremos que ele seja grato, que consiga ver as bênçãos que tem, que não se deixe influenciar pelos amigos nas coisas más, que seja honesto e esforçado, que seja educado com os mais velhos, que seja generoso e disponível. Que seja genuíno e culto. 
Eu até aceito refilanços, protestos e outras coisas que mais. É normal! 
Mas quero sentir sempre que nos respeita. Que há ali uma fronteira invisível que nunca será ultrapassada. 
Espero sobreviver a isto até ao dia em que ele vai olhar novamente para nós com olhos de quem sabe que demos o nosso melhor, mesmo nos dias em que nos odiou.
E a procissão ainda agora vai no adro...

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