Quase se fundiu com o pior do meu dia. Hoje a Sardinha foi esterilizada. Coisa normal. Sim, eu também pensava. O que é certo é que uma cirurgia é sempre uma cirurgia, e a das gatas é mais invasiva.
Às 16h recebi um telefonema da vet com notícias não muito boas. Não sou propriamente daquelas pessoas que perdem o controlo das emoções por dá cá aquela palha, mas não pude evitar algumas lágrimas quando soube que ela estava com derrames oculares em ambos os olhos.
Não se sabe se foi uma reacção adversa à cirurgia ou a algum medicamento ou se houve outro motivo na raiz deste problema. Foram feitas análises para despiste de três doenças (FIV - variante da sida nos gatos; PIF e FELv), duas delas deram negativo (suspiro de alívio) mas a outra foi para laboratório porque é uma análise mais complexa.
Claro que a minha tarde já não foi mais a mesma.
O melhor do meu dia foi poder ter a Sardinha no colo, acariciá-la junto ao peito, senti-la rendida e aliviada no meu regaço. Os olhos dela davam dó. De resto pareceu-me animada, diante das circunstâncias. Partiu-se-me o coração quando tive de ir embora e deixá-la lá.
Vigiada e acarinhada também, verdade. Mas não por mim, por nós. Os miúdos estão cheios de saudades dela. Falta-nos um pedaço.
Quando acolhemos os animais eles ganham direitos de gente e são amados como tal.
O seu lugar vazio é igualmente doloroso.
Espero que Deus esteja com ela esta noite e lhe dê melhoras.
Espero que ela amanhã volte para nós, a caminho da recuperação que, espero eu, seja total.
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