Das saudades

13 de fevereiro de 2013

Não é que não adore ser mãe de família e ter chegado aos trintas casada e a morar numa casa minha.
Mas tem dias que batem umas saudades da adolescente em mim, que partilhava o quarto com a irmã, que dizia parvoíces, sem se preocupar se dava um bom exemplo a quem tinha nascido de si...que ouvia a Cidade by Night enquanto suspirava de amor.
Batem umas saudades da janela de onde se via o sol a por-se sobre o rio, das ondas que me adormeciam. Saudades de falar horas ao telefone, do meu pai me ralhar por passar muito tempo no banho, da comida aparecer feita na mesa sem que eu me chateasse com isso. 
Saudades da miúda que escrevia poesia e cantava alto e bom som com os phones nos ouvidos e dançava sem se preocupar com o resto do mundo.
Saudades da inconsequência, da liberdade, do futuro por escrever. Saudades de quando queria tudo o que tenho hoje.
A vida foi tão doce. Tempos que não se repetem...como os que vivo hoje e dos quais vou sentir saudades também. 
Mas hoje era disto que precisava. Hoje é disto que sinto saudades.

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