day_8_Kids

8 de novembro de 2012


Chego a casa e é o beijo deles que me recompensa das horas que passamos longe uns dos outros.
Aquelas mãos quentinhas, de unhas roídas (péssimo hábito que herdaram da mãe), ele de mãos fininhas e de dedos esguios, ela com com umas mãos rechonchudas e deditos sapudos. É por estas mãos que vale tudo a pena. Mesmo as olheiras, os tostões contados, os ralhetes fora dos decibéis aceitáveis, o coração fora do peito. Há dias em que apetece desistir porque estas mãos que eu amo parecem não fazer nada daquilo que tento, com todas as minhas forças, ensinar-lhes. Mas depois lá chegam outros em que afinal temos a certeza de que estamos a fazer qualquer coisa de jeito.

3 comentários:

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