A modos que é isto...

28 de outubro de 2010

Outrora, as mulheres lutaram, e muito bem, para poderem ter as mesmas oportunidades na sociedade.
 Educação, trabalho, valor, opinião. Eu teria sido uma dessas mulheres, tenho a certeza, pois seria redutor não poder escolher, estar confinada a um destino.
Hoje, um século volvido, mais ano menos ano, vejo-me no meio da mesma luta, mas ao contrário. 
Não nos foram dadas as duas opções. Afinal continuamos a ter só uma. Só mudou o género.
Hoje, quem sentir que a sua realização passa por ser mãe e dona de casa (e não digo apenas mãe, porque ser mãe é uma coisa tão infinitamente gigante que a palavra não se aplica), é vista da mesma maneira que aquelas que, em tempos que já lá vão, achavam que podiam interromper uma conversa de homens ou tinham direito a uma carreira. Porque isto de querer ser mãe a tempo inteiro, ou querer trabalhar a partir de ou em casa não nos reduz a pessoas incultas, preguiçosas ou com falta de ambições.
Portanto digo, sem qualquer receio de equívocos, que a sociedade continua a castrar as mulheres.
Não somos donas de nós ou da nossa vida. Não. Mudou só o cenário.
(obrigada, miga, pela conversa)

15 comentários:

  1. obrigada eu, querida Raquel! somos tão parecidas nisso!

    ResponderEliminar
  2. Olá Raquel,
    Tens toda a razão , mas pensa bem...Eu, pelo que me apercebi esse teu ultimo trabalho não estava a correr bem e colocava-se a hipótese de saires, mas o que achas que poderá ser bom hoje...E o amanhã?? Quando eles sairem de casa e tu te sentires perdida e por vezes já é muito tarde para voltar ao mundo do trabalho.
    Aconteceu isso com a minha mãe, que optou por ficar em casa para tomar conta de nós, e hoje arrepende-se profundamente da decisão que tomou. Quando quis regressar todas as portas se fecharam, nós entretanto saímos de casa, e aquela vida preenchida que tinha conosco acabou, ficou só com o meu pai e no inicio foi muito complicado porque ela chegou a caír numa depressão por falta daquela ocupação dos filhos..
    É só a minha opinião tá? Não leves a mal..Por vezes não pudemos agir só com o coração, temos que ser racionais.
    Beijinhos
    Carla

    ResponderEliminar
  3. Nem todos nos preenchemos com as mesmas coisas, Carla. É isso que contesto. É o facto de hoje em dia não se pôr a possibilidade de uma mulher se realizar a jardinar, cozinhar, mimar os filhos, ou fazer outros sem número de coisas. A ideia é dedicar-me a ser ama, entendes? No tempo em que os meus flhos estão na escola. Eu não faço isto só pelos meus filhos. Faço-o por mim. E não vou para casa olhar para as paredes.

    ResponderEliminar
  4. Devemos sempre tentar e ir atrás daquilo que pensamos que nos realiza. Acho que estás certa na tua maneira de pensar. Além disso gostas do que fazes ou daquilo que queres fazer. A Maternidade preenche-te dos pés á cabeça.
    Apoio-te e no que precisares podes contar comigo. Berço já aqui tens para o vires buscar, lol

    beijos grandes

    E espero que dê tudo certo e que tenhas o apoio principal da tua familia. Tudo se resolve.

    ResponderEliminar
  5. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  6. Sim Raquel, acho que sim. Tu és dona dos teus sonhos e do que achas que te possa realizar. 'Conheço-te' á algum tempo e sempre gostei e simpatizei contigo e acho que deves ir atrás dos teus sonhos. Se isso te faz feliz, força vai em frente, como tu amiga virtual estou aqui para te apoiar, só te alertei para um futuro, talvez um pouco longíquo demais.
    Eu estive em casa um ano e sinceramente senti-me bem por ser mamã a tempo inteiro mas sempre pensei que não o queria ser para o resto da minha vida, por mais mãe galinha que seja e que me considere super protectora, as minhas filhas nunca dormiram fora de casa e sempre me privei de muita coisa em prol delas. Em 1ª lugar estão elas depois vem tudo o resto, mas a minha vida tem que ter tanto de pessoal como de profissional, mas é a minha opinião é claro.
    Bjos grandes e estou aqui para te apoiar nas decisões que tomares
    Carla

    ResponderEliminar
  7. força Raquel. é como dizes não somos todas iguais. e tal como te disse no outro post, se é esta a tua felicidade, se vai de encontro às vossas aspirações e expectativas, força e não hesites. segue em frente. com passos firmes. e se precisares, eu estou aqui. coragem sim?

    ResponderEliminar
  8. Se há pessoa que nasceu para criar crianças essa pessoa és tu.. Sinceramente não estou nada supreendida com a tua atitude se temos a possibilidade de fazer aquilo que gostamos é seguir em frente e enfrentar a vida com a cabeça pra cima.. Tudo o resto são pormenores!!! Vai correr tudo bem, confia e nada te faltará!!

    Bjcas

    ResponderEliminar
  9. Eu admiro-te, Raquel! Já não é a primeira vez que o digo aqui.
    Acho-te uma mãe espectacular, amas os teus filhos de forma incondicional e tens uma forma de ver a vida que é simplesmente admirável.
    Eu (e o meu marido) por vezes pensamos como gostaríamos de mudar as nossas vidas, mudar de ramo, ter um negócio nosso. Mas vamos adiando o nosso sonho... neste momento seria muito arriscado partir para uma "nova vida". Temos imensos encargos fixos e se alguns até poderíamos deixar de ter, outros não dá mesmo...
    Quem sabe, um dia! E vou certamente lembrar-me de ti quando chegar a altura!
    Um enorme beijinho, amiga!

    ResponderEliminar
  10. Hmm, também depende de com quem falas, não?
    Agora há outro problema que é quando são os homens a ficar em casa e a mulher a trabalhar. O preconceito aí é muito maior do que quando uma mulher decide ficar em casa. Conheço muitas mães que ficam em casa, mesmo aqui na Noruega onde a mulher tem definitivamente direito a uma carreira profissional, o que não é o caso em Portugal. Honestamente, acho que estás a tomar a opinião firme de algumas pessoas quanto a este assunto como regra, e não é bem assim.

    De qualquer modo, o importante é estares bem com a tua decisão. Porque é que hás-de importar-te com a opinião dos outros, e ficares tão aborrecida, amiguinha? Vai em frente. Nós somos todas diferentes. Eu quero um trabalho e uma carreira, e não me acho menos mãe por isso. Mas também não te acho menos mulher porque queres ser dona de casa. Que venham muitas crianças e boas para tomares conta ;-)

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  11. Se eu me importasse com o que os outros pensam, andava arrastada pelos cantos a chorar, Raquel. Ou melhor, eu importar, importo-me, mas não deixo que isso me impeça de fazer seja o que for. Se é isso que te faz feliz, porque não? Eu confiava-te os meus filhos, sem dúvida nenhuma.

    ResponderEliminar

Obrigada pela vossa visita!

Proudly designed by | MLEKOSHI PLAYGROUND |