Há muito que ando para escrever sobre isto. Mas faltam-me as palavras. Falta-me conseguir juntar os pensamentos todos e construir um texto que faça sentido.
Não sei se vou conseguir mas não custa tentar.
Pensem sempre que estou a falar somente em alguns casos, felizmente não são todos assim (e ainda bem).
Quando comecei a ter namorados, comecei a construir esta imagem dentro de mim.
Em que as mães dos rapazes eram um pouco mais ciosas com eles. Protegiam-nos. Eles não faziam nem metade do que faziam as irmãs e não eram recriminados por isso. Depois havia a questão de achar que era difícil agradar à mãe do rapaz. Era frequente sentir-me examinada e posta à prova. Sempre com um sorriso entre dentes por parte das ditas senhoras, como que dizendo piadinhas em tensão (um género, eu até gosto de ti, mas podias não existir).
Havia sempre a sensação de que o filho era delas e de mais ninguém e mesmo da parte deles havia ali uma certa veneração inexplicável. Como se a figura materna fosse sagrada, tipo na minha mãe ninguém toca. Da minha mãe ninguém diz mal (do tipo eu sei que a minha mãe não é perfeita, mas tu não podes falar nisso)
Hoje que tenho um rapaz, pergunto-me que tipo de mãe serei.
É bastante intensa a relação que se constrói com um filho. Eles tratam-nos como se fossemos a coisa mais importante da vida deles. Ele dá-me festinhas (e massagens). Aninha-se em mim para ver os desenhos animados. Diz que gosta de mim. Acho que a relação entre mãe e filho para além de emocional é muito física ( e não me interpretem mal neste capítulo). Somos a 1ª figura feminina na vida deles.
Confesso que deve ser difícil para uma mãe, agora que estou deste lado, ver o nosso bebé transferir para outra os gestos que até dada altura eram só para nós. Acima de tudo acho que é a sensação de os deixar ir procurar o conforto noutro regaço que nos custa. E eu sou uma mãe recente. Estou só a supor com os dados que tenho agora. Acho que, nos dias que correm, consigo ao menos dar alguma justificação ao que senti na minha adolescência/juventude em relação a este assunto. Ainda não sei como será com a Diana. Certamente daqui a 1 ano e meio poderei escrever algo totalmente contrário a isto. Porque afinal até pode ser tudo um mito e eu sentir exactamente o mesmo em relação a ela.
Provavelmente é um texto confuso...mas fica escrito, para eu mais tarde me lembrar.
Não sei se vou conseguir mas não custa tentar.
Pensem sempre que estou a falar somente em alguns casos, felizmente não são todos assim (e ainda bem).
Quando comecei a ter namorados, comecei a construir esta imagem dentro de mim.
Em que as mães dos rapazes eram um pouco mais ciosas com eles. Protegiam-nos. Eles não faziam nem metade do que faziam as irmãs e não eram recriminados por isso. Depois havia a questão de achar que era difícil agradar à mãe do rapaz. Era frequente sentir-me examinada e posta à prova. Sempre com um sorriso entre dentes por parte das ditas senhoras, como que dizendo piadinhas em tensão (um género, eu até gosto de ti, mas podias não existir).
Havia sempre a sensação de que o filho era delas e de mais ninguém e mesmo da parte deles havia ali uma certa veneração inexplicável. Como se a figura materna fosse sagrada, tipo na minha mãe ninguém toca. Da minha mãe ninguém diz mal (do tipo eu sei que a minha mãe não é perfeita, mas tu não podes falar nisso)
Hoje que tenho um rapaz, pergunto-me que tipo de mãe serei.
É bastante intensa a relação que se constrói com um filho. Eles tratam-nos como se fossemos a coisa mais importante da vida deles. Ele dá-me festinhas (e massagens). Aninha-se em mim para ver os desenhos animados. Diz que gosta de mim. Acho que a relação entre mãe e filho para além de emocional é muito física ( e não me interpretem mal neste capítulo). Somos a 1ª figura feminina na vida deles.
Confesso que deve ser difícil para uma mãe, agora que estou deste lado, ver o nosso bebé transferir para outra os gestos que até dada altura eram só para nós. Acima de tudo acho que é a sensação de os deixar ir procurar o conforto noutro regaço que nos custa. E eu sou uma mãe recente. Estou só a supor com os dados que tenho agora. Acho que, nos dias que correm, consigo ao menos dar alguma justificação ao que senti na minha adolescência/juventude em relação a este assunto. Ainda não sei como será com a Diana. Certamente daqui a 1 ano e meio poderei escrever algo totalmente contrário a isto. Porque afinal até pode ser tudo um mito e eu sentir exactamente o mesmo em relação a ela.
Provavelmente é um texto confuso...mas fica escrito, para eu mais tarde me lembrar.
Não sei como é ser mãe de um rapaz. Também sempre tive a sensação que as sogras ( mães de rapazes) são do piorio, como se moça nenhuma fosse boa para eles. Porque não os põem a trabalhar em casa, ou porque os fazem passar a ferro, ou porque lhe dão muitos mimos ou porque não lhes ligam nenhuma, ou porque fazem comida boa, ou porque não fazem aquele prato que ela inventou especialmente para ele.
ResponderEliminarA minha irmã tem um fiho e diz que vai ser uma sogra péssima.
Eu acho que vou ser mais ou menos já o Tó diz que não vai achar piada nenhuma ter um gajo a babar na nossa filha.
Mais tarde veremos que tipo de sogras vamos ser. Vai na volta ainda andamos por aqui a escrever posts mal dizentes da miuda e do miudo!!!
Não achei confuso...
ResponderEliminarAchei até muito bonito!
Mas como não sou mãe de um rapaz, não sei bem o que dizer...
Sempre achei (e ainda acho) que a relação mãe / filho é especial (complexo de Édipo). Daí o poder advir a questão da sogra. Vejo pelos casos que conheço que é complicado "levarem-nos" o nosso menino. Faz confusão.
ResponderEliminaruiiii, a minha a sogra é do tipo que o filho é so dela e so tem de se preocupar com ela, ele ja nao é muito do tipo "ninguem pode falar mal daminha mae", pelo menos desde que tivemos o marquinho.
ResponderEliminarQuanto a mim em ser sogrinha...bom acho que ate vou ser uma sogrinha porreira, pelo menos ainda nao penso muito nisso masss logo se ve quando chegar a altura.
Acho que vamos acabar por ser mães ciumentas e sogras chatas, como a maioria. A não ser que façamos um esforço tremendo para contrariar a tendência. Podemos sempre sonhar com uma nora com quem nunca tenhamos de rivalizar, mas é difícil. Onde há duas mulheres à disputa por um homem...
ResponderEliminarAs sogras malvadas acham que são donas dos filhos e que as namoradas querem roubar o seu tesouro... mas os filhos não são das mães, simplesmente nascem no mundo e para o mundo através delas. Se conseguires pensar assim, vais ser uma sogra porreira ;)
ResponderEliminarEu sinceramente não sinto isso, mas sei que vou ser uma sogra difícil de agradar, porque sou muito ciosa do meu núcleo... Quem se atreve a se intrometer eu nem sempre aceito bem, por isso acho que seja para elas como para ele eu vou ser complicada...
ResponderEliminarMas no futuro pode ser que comece a ser domesticada pelos meus filhos e mude de atitude... Espero eu..LOL
Gabriel, esconde-lhe as colheres de pau...
ResponderEliminarLOL
Beijocas
(adorei este post ;))
É um tópico interessante. Por agora não sinto que vá ser daquelas mães que super protegem os filhotes "machos" (conheço muitas dessas). Sempre me dei muito bem com as mães dos meus namorados e ainda ontem comentava com a minha mãe, que me lembrava mais vezes da mãe de um namorado que tive, do que do dito cujo...
ResponderEliminarhehehe
bjs ;)
PS: vou deixar o tempo passar a ver no que me torno ... ai
Acho que sim!!!!
ResponderEliminar...e então quando o rapaz é filho unico!!!!!!!!!Nem se fala!
Bjs
Carla
Percebo bem o que estás a querer dizer e, apesar de não ter um filho homem, mas sim uma Joaninha, sinto exactamente o mesmo que tu. Não é um rapaz mas a tal relação física e emocional que se cria, é idêntica. Lá em casa, a Joana adora o pai, mas o sentimento que ela tem por mim é bem diferente e mesmo o pai tem noção disso porque ela procura-me muito mais a mim e dá mostras de afectividade muitíssimo maiores a mim. A mim, ela vem e abraça-me, da-me beijos (coisa que não faz a mais ninguém a não ser aos bonecos), quando nos reencontramos depois de um dia longe tem uma reacção que não tem com mais ninguém... só gosta de se aninhar no meu colo, só gosta de adormecer no meu colo (no do pai, detesta e berra) e de noite, só gosta que vá eu acudi-la do seu choro repentino... depois de todos estes afectos... também eu sinto alguma dificuldade em perceber que a minha filha, um dia mais tarde, irá repartir estas atenções com outra pessoa... acho que se torna inevitavel quer seja rapaz ou rapariga desde que a relação que une bebé mãe seja assim tão forte e tão bonita :)
ResponderEliminarBjs - momentosaoluar
Sinto qualquer coisa de muito semelhante em relação à minha... fica o aviso.
ResponderEliminar;)
É engraçado que essas noções de sogra desapareceram todas quando casei, porque a minha sogra é excelente e até lhe chamo mãe, não por formalidade mas porque ela é mesmo uma segunda mãe para mim e gostamos muito uma da outra. Ela gosta de ambas as noras e acha que os filhos estão bem entregues.
ResponderEliminarMencionas a relação das sogras com as noras, mas acho que a relação dos genros com as sogras tem mais fama de ser mazinha, por isso ainda tens de ver como te vais sentir em relação à Dianita. Como dizes, daqui a uns tempos és bem capaz de acabar por dizer o mesmo em relação a ela.
De qualquer modo, ainda falta um bocado e depois corre como correr. Estas coisas não dão para prever.