Março está a terminar

Este em que as memórias do meu avô são repetidas. Não passa aniversário nenhum em que naquele dia não o recorde. A saudade não deixa que este dia passe em branco. Não que ele não faça parte de todos os outros dias, em que subo a rua para chegar a casa ou quando estendo a roupa naqueles ferros que ele enterrou no chão ou em que assamos peixe na brasa na bancada das traseiras, como ele fazia ou sempre que utilizamos algum prego da caixa onde eles ainda estão organizados como ele os deixou. Mas este mês é especial. Havia sempre uma guloseima para o meu avô no seu aniversário [que era tão guloso]. E lembro assim a sua barba de 2 dias, as suas boinas, o pano da cozinha ao ombro, enquanto preparava o almoço, o seu olho meio fechado, a sua paciência para nós, o amor que tinha à minha avó e o seu fabuloso sentido de humor...ah...e adorava olhá-lo a comer. Era assim uma coisa. O peixe era meticulosamente desmembrado, lasca por lasca e ficavam só as espinhas, nuas. As batatas eram molhadas em azeite, tudo com tal preceito. Era um fascínio para uma miúda vegetariana de 5 anos. Ele sorria perante a minha curiosidade. Tenho saudades desse sorriso. Muitas...

não importa o que digam...

Do amor

Hoje fiz estes, antes de ir dormir. 

(já não ando a tomar os drunfos para a sinusite, hoje foi só um Brufen. Já se passaram 7 horas e ainda não voltei a precisar de novo reforço. será que é desta que as melhoras chegam??)

Bacalhau com broa

Jantar feito pelo pai cá de casa, na Bimby.

Estava óptimo!!!

Mar e muito calor

Foi uma tentativa de que o ar do mar ajudasse a minha sinusite a ir embora. Espero que resulte. 

Ela fez uma grande birra porque não havia gelados e contentou-se com parte do meu ginger ale, devidamente entornado num copo só para ela. O Gabriel não quis vir embora de casa dos avós à hora de almoço, por isso ainda passou lá parte da tarde.

 Os meus pais andam a limpar um pequeno espaço de cultivo e de lazer, que um vizinho já não consegue manter e do qual não usufrui. A vista é soberba e já antevemos grandes noites de verão à conversa, a comer e a ouvir os grilos. E olhar Lisboa ao mesmo tempo é qualquer coisa. É o lugar onde cresci e está pejado de memórias.

Adoro a casa da minha mãe e os pequenos detalhes de tudo o que lá está dentro.

Detalhes românticos

Das manhãs cor de rosa cá de casa.

- mãe, hoje quero um penteado como o da Rocky, de lado, com um laço de fita.

Noite só para ela

Hoje estamos sós. O pai foi à bola e volta tarde, o mano foi dormir aos avós (ele e o meu irmão têm diferença de 6 anos e estão sempre desejosos de brincar juntos).
Prometi-lhe jantar no sofá, pizza e gelado. Vimos um filme juntas.
No final disse.
- oh!!! tão romântico e fofinho!!
Eu tento controlar as dores que estão a arruinar o meu humor e a esgotar-me as energias...nunca na vida tive uma crise de sinusite como esta.

Da Páscoa, contada ao pôr do sol

Hoje foi um dia de esforço

Não sou de atirar a toalha ao chão e sobretudo não gosto de deixar os outros na mão. Se fosse, hoje não teria ido trabalhar. Estou a enfrascar-me de comprimidos, na tentativa de não sucumbir às dores que tenho nos ossos faciais e nos próprios olhos. Estou com uma tosse horrível, com frio e dores no corpo. Arrisco a dizer que uma gripe se juntou à minha crise de sinusite.

Fim do 2º período

Ela foi um coelhinho muito fofo.

Ele fez ginástica. A fazer mortais...até voou!

Desafio II

Pela Márcia, do blog que adoro acompanhar, By Deva.

Pensei responder no meu blog Doces Aventuras, mas prefiro responder aqui, até porque a minha "arte" não passa pela costura, mas pelos cupcakes. A Márcia disse-me que tudo o que é feito por meio das nossas mãos é considerado trabalho manual, portanto...aqui vai.

Quais os teus hobbies preferidos?

Fotografar e cozinhar.

O que te levou a criar um blogue?

O blog Doces Aventuras serviu para poder passar informação assim como publicitar os bolos em si.

Se tivesses que juntar duas bloggers nacionais para um jantar temático quais seriam as tuas convidadas?

A Marianne e A Ervilha.

Quais os teus blogues preferidos nacionais?

Em relação a artesanato, gosto do By Deva, do blog da Cláudia Borralho e do Vermelho Devagarinho.  Noutros registos, gosto do No Soup for You, o Côco e Baunilha e do Moro num sorriso e do Come Fly With Us. (gosto de outros tantos, mas são privados e acho que num desafio só faz sentido partilhar se forem públicos)

E internacionais?

Adoro o Sweetapolita.

Que opinião tens em relação aos workshops de costura?

...

Como surgiu o teu trabalho na área do artesanato?

...

O nome do teu projeto deve-se a…?

Deve-se a achar que seria uma grande Aventura, como quem avança sem saber bem se a coisa vai correr bem e como faço cupcakes e outras guloseimas, Doce faz todo o sentido.

De onde vem a inspiração para os teus trabalhos?

Dos meus filhos, que são docinhos e gulosos. Muuiiiito! :)

Muitas pessoas dizem que é difícil senão impossível viver só do artesanato em termos monetários. O que pensas em relação a este assunto?

No meu caso é impossível, sim, pelo menos na fase em que fiquei. Mas penso que existem muitos casos de sucesso.

Se tivesses que levar um único livro numa viagem longa, que livro seria?

A Bíblia.

Se essa viagem longa fosse de livre escolha, qual seria o destino?

As Ilhas do Príncipe Eduardo.

Qual seria para ti o melhor desafio?

Criar duas crianças felizes que venham a ser boas pessoas.

Qual a tua cor de eleição?

Gosto de todas. Mas talvez o rosa seja mesmo a preferida, em todas as suas tonalidades, atenção.

O melhor filme?

Taaaaaantos! Mas adorei o Braveheart. (também o Stepmom, American Quilt, Litlle Women, Dead Poets Society e outros mais...)

Personalidade?

Martin Luther King

Objecto preferido?

 A minha máquina fotográfica.

Desafio a Nocas, a Marianne, e a minha cunhada, a responderem nos seus blogs de artesanato urbano.

Não sou de responder a desafios...

Não tenho muita paciência, a sério. Responderei a este, no entanto. Foi-me lançado pela Nocas.

10 coisas que marcaram o meu ano de 2011

• Ficar desempregada, ao fim de 3 anos felizes a trabalhar numa empresa onde me sentia muito bem.
• Aceitar o desafio de tomar conta de uma bebé de pouco mais de 1 mês. Foi só de Janeiro até Julho mas adorei reviver os biberãos, fraldas, sopinhas e tudo o mais.
• Começar o projecto Doces Aventuras, que me deu um gozo imenso.
• O Gabe começou a perder dentes de leite.
• A festa pijama da Di.  
• O voto da Di e o seu primeiro lenço.
• Os 4 piores dias da minha vida, e mais não direi, por ser demasiado pessoal.
• A menção honrosa recebida pelo Gabe, pelo seu aproveitamento escolar no 1º ano.
• As boas vindas ao Fish, que ainda é vivo. :)
• Aprendi a fazer crochet com amigas lindas.

Infelizmente, um dia, quando me perguntarem quais foram os melhores tempos da minha vida certamente responderei - o tempo em que não trabalhei fora de casa. 

Já voltei ao trabalho fora, desde Setembro, e sinto umas saudades imensas da liberdade que tive no início do ano passado para de facto viver. Viver a casa, as amigas, os gostos pessoais, a minha fé, os meus filhos...

Duvidam?

É isto.

Aos pais em geral e ao nosso em particular

Um feliz dia para todos!

O papel do pai tem mudado ao longo das épocas, felizmente para melhor. Hoje já muitos pais participam activamente na vida dos filhos, não só nas brincadeiras mas em muitas tarefas que há uns anos atrás cabiam só às mães. Tive a sorte imensa de ter tido um pai assim. Que ajudou sempre a minha mãe e que nunca se coibiu de tratar de nós em todos os aspectos. Brincava, dava banhos, ajudava nos trabalhos de casa e se a minha mãe não pudesse, desenrascava uma refeição. O pai dos meus filhos também é um excelente pai, participante em tudo na vida deles. Tenho perfeita consciência que, se eu não posso, ele dá conta do recado. Mesmo que os sapatos não fiquem bem com a roupa, ou mesmo que ele deixe a filha pentear-se sozinha com acessórios que não combinam com o resto, nada lhes falta. 

Dás estrutura ao nosso mundo! Adoramos-te!

Gostar de cozinhas

Não há uma sem duas

Os cupcakes que fiz de manhã foram para uma encomenda. 

Os meus filhos ficaram muito desconsolados e resolveram amuar. Disseram que queriam comer também. Lá fiz mais uma dúzia, desta vez com a receita favorita de todos. Bolinho de chocolate e cobertura de café. Já nos lambuzámos e eles até queriam repetir a dose. Nada disso! Terão de esperar pelo fim do jantar.

Barriguitas do mundo

 Toda a gente sabe do meu gosto por tudo o que é antigo, sobretudo objectos que tenham uma história com algum tipo de significado para nós. Agradecemos à tia o presente que enviou à Di e que certamente fizeram parte de muitas das suas brincadeiras. Ela adorou.

Dia de plantar

Hoje chegou a altura de colocar as nossas alfaces, pimenteiros e tomateiros na terra. 

A Di adorou ajudar o pai.

Começar o dia com cupcakes é sempre bom

Dos dias que sucedem os dias antes deles

Sou um ser social. Sempre foi assim. Gosto de me dispor a fazer coisas quando me pedem, com gosto, de corresponder às expectativas das pessoas, mas no momento presente sinto-me tão cheia de nada que me custa a dispensar o nada que me resta. Mas a essência está lá e continuo a dizer que sim, porque é esperado de mim e porque queremos continuar a ser para as pessoas o mesmo de sempre. E isso esgota-me. Porque preciso muito de parar. De acumular alguma coisa que me encha o depósito de esperança e alegria e vontade. 

 Esqueço-me das coisas que deveria lembrar, a casa é um fardo que vou chutando para a frente a custo e não sou para os miúdos o que gostaria. Ando dentro da tômbola da máquina de lavar, sabem?? O piloto automático assegura que a porta não se abra e o caos se instale. Sou uma barragem a aguentar um não sei quê que me deixa não sei como. Não tentem entender. Eu própria não me entendo, às vezes. E depois penso - mulher, tanto que tens para agradecer, nem que seja a família, o amor, a vida então porque raio chega este dia em que dás por ti a achar que andas a empurrar essas três coisas à medida do que a vida te deixa e tu queres mais?? Algo que faça o puzzle ter sentido. No fundo criei esta realidade impossível que me deixa frustrada por não conseguir atingir o meu projecto de vida. Tenho os ingredientes e não consigo fazer o bolo. É isto. E ando a comer o que posso e não o que quero. 

O colo do marido e os abraços dos filhos amenizam a coisa, porque gostam de mim mesmo quando eu acho que não valho um caracol.

Gostava de não me sentir uma fraude, na maior parte dos dias. 

Gostava que a minha fé fosse tão grande quanto os meus desejos.

O pai esteve em Manchester

E nós vamos tendo um cheirinho destes sítios pelas fotos que ele traz. 

Sabe a muito pouco, mas os olhos também viajam...

Dilema (já tinha aqui mencionado)

Equacionando mudar os meus filhos de escola. Por causa da falta de exigência dos professores e das influências de dois bairros sociais que a escola não está a saber canalizar da melhor forma. O facto de os professores que, conforme tudo indica, vão apanhar a minha filha no próximo ano lectivo (1º ano) não serem nada daquilo que eu almejo para ela, a nível académico, social e pedagógico também está a pesar. O facto de o meu filho ter tido uma professora por ano, coisa que se irá repetir novamente no final deste ano lectivo (a prof. vai reformar-se) é mais uma acha para a fogueira.

Factor distância: a escola onde estão fica a 200m (2 minutos a pé) de nossa casa. A escola alternativa fica a 1Km (16 minutos a pé, claro, de carro são 3 minutos). O meu filho não aceitou bem a ideia, pois o factor emocional fala mais alto e já tem ali alguns amigos desde o pré escolar. Ela refila mas sei que seria uma adaptação pacífica. Para além do que, uma das melhores amigas provavelmente sairá também para a escola alternativa. Não sei o que faça. Estou numa encruzilhada e preciso de tomar esta decisão entre 15 de Abril e 15 de Junho. O que fariam? Acham que estou a dramatizar ou também procurariam um melhor ambiente e melhores professores para os vossos filhos em detrimento dos afectos que já têm na escola onde estão???

News

Muito off. A sinusite apanhou-me em cheio. 

Agora, a juntar à crosta que ainda subsiste no lábio, estou quase sem voz. Estivemos com um a menos estes dois dias e eu a sair às 19:30...a casa está a modos que meio caótica, mas eu ando sem pachorra. Entrei em serviços mínimos. Jantar e banhos. Hoje, com o pai de volta e o fim de semana à porta, a ver se endireito a carroça.

Terça feira

E temos herpes (estreia...que dispensava) e uma grande carraspana em cima.

A juntar à noite que não foi grande coisa (ter decisões difíceis para tomar tira-me completamente o sono e pensar que até Setembro a minha vida é um grande ponto de interrogação também)

Vou tomar um banho, para ver se animo e depois vou à farmácia abastecer-me de alguma coisa para combater isto.

Ao Domingo é dia de bolo

Enquanto ele fazia os trabalhos de casa, ela completava puzzles em cima da mesa.

Já cheirava a bolo no forno. Agora está a arrefecer à espera de umas trincas.

Domingo com cheiro a Verão...mas, na verdade, ainda nem chegou a Primavera

Noites para recordar...

 Caos na casa de banho, a despachar os 3. Depois foi um pagode para adormecerem (já para não falar da birra enorme do Gabriel, porque também queria dormir no quarto da irmã).

Depois a Di achou por bem acordar-me perto das 5 da manhã para a ir tapar, com uma voz tão límpida que acho que estava pronta para um recital de ópera sem aquecimento. Acordou a prima que, depois de eu já ter regressado ao conforto dos meus lençóis, começou a chamá-la em surdina. Lá tive de ir lá de novo acalmar as hostes e explicar que a Di estava a dormir e que ainda era muito de noite para conversarem. 

Pequenos percalços para mim, mas divertimento para elas, que hão-de recordar estes momentos com carinho daqui a uns anos. Quem não gostava de, em criança, dormir numa malhada* no chão do quarto de alguém, ou porque se recebia uma visita? Eu gostava.

[*palavra que sempre ouvi à minha mãe, de cada vez que estendíamos mantas no chão para alguém dormir e que vem da minha bisavó, que era da zona de Portalegre. designa um abrigo tosco feito para se passar a noite, a sua origem, segundo pesquisa que fiz, referia-se originalmente aos pastores que dormiam no monte em malhadas, feitas de cereais secos, quando estavam a guardar os rebanhos]

Das coisas simples

Correr livremente por entre as rochas, fintar buracos, o que eles gostam disto.

Dá para sentir o calor e o cheiro de mar?

Fomos comer um gelado, ver o mar e aproveitar um pouquinho do sol.

Soprava uma brisa muito leve, mas fresca, que já dava vontade de vestir os casacos. Mas, mal o sol se escondeu, tudo serenou e sentimos de novo uma brisa amena. Brisa tão invulgarmente quente para Março.

História de um pôr do sol

Se era mulher antes?

Certamente. Mas agora, depois dos filhos, ao fim de quase 10 anos de casamento e depois dos 30, a experiência, a maturidade, a vida...tudo me tem ensinado. E isso resulta naquilo que sou hoje. Os revezes, os sonhos, as cedências, as expectativas, defraudadas ou não. A vida humilha-nos o ego exacerbado, os filhos amansam-nos o egoísmo adolescente. Definitivamente era mulher antes, mas sou uma mulher melhor agora.

Este dia é para recordar todas as que andaram à frente do seu tempo

Daqueles dias

Hoje perdemos uma vizinha querida. Estamos tristes e esperamos que Deus conforte o coração da família neste momento difícil.

Petisco e sobremesa