Reportagem Fotográfica das férias [parte II]

Andámos pela zona da Serra do Açor, perto de Arganil. Estivémos em Pomares, terra do avô paterno e corremos as piscinas fluviais da zona, em Avô e Agroal.
Foram dias maravilhosos em que o tempo pareceu correr mais devagar, em que puderam brincar com os primos e em que tomámos belas banhocas, debaixo de um sol impiedoso. Dar mergulhos naquelas águas cristalinas e frias era um prazer, porque cá fora o calor era abrasador.

De volta

Chegámos há duas horas a casa. Foram dias fabulosos, com muito calor, brincadeiras nas piscinas de rio, no meio de muito verde.
Foi bom, já tenho saudades.
Agora vou ali descarregar 400 fotos e já venho.

Dia na piscina

Cheirinho a pimentos assados, muita sardinha, boa conversa e mergulhos na piscina.
Foi assim o nosso dia de hoje.
A Bia fez 5 aninhos e à tarde soprou as suas velas. É uma lindona.
E amanhã vamos de viagem, para Pomares. Até sexta!!

Canção para a Diana

Trivialidades

Quando escolhi os nomes dos meus filhos existiam 2 critérios importantes a ser preenchidos.
1º Queria que se escrevessem da mesma forma, quer em português quer em inglês
2º Queria que houvesse uma música com o nome deles
Hoje descobri uma, dedicada a um Gabriel, com um vídeo absolutamente delicioso.

[da série] Couples

(paul & linda)
"Baby I'm amazed at the way you're with me all the time
Maybe I'm afraid of the way I leave you
Baby I'm amazed at the way you help me sing my song
You right me when I'm wrong
Maybe I'm amazed at the way I really need you"

[da série] Gorgeous

“For beautiful eyes, look for the good in others; for beautiful lips, speak only words of kindness; and for poise, walk with the knowledge that you are never alone.”

“The best thing to hold onto in life is each other.”

“People, even more than things, have to be restored, renewed, revived, reclaimed, and redeemed; never throw out anyone.”

Filmes da minha vida VI

"O Captain my Captain! our fearful trip is done,

The ship has weathered every rack, the prize we sought is won,
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring;
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
(...)"

A minha filha supera-se

Distribui os ganchos pelas amigas e faz as pulseiras de fisgas [as ditas não lhe sobrevivem muito tempo].
Traz sempre os pés muito mais imundos que o irmão, porque não resiste a tudo o que seja sujidade. Não é a primeira, nem será certamente a última vez, em que a vou buscar e ela vem a correr para mim, com um ar normalíssimo, descalça, pézinho ao léu, no cimento, na areia, onde for.
Hoje, na escola, conseguiu apanhar uma tesoura em cima de um móvel e deu uma tesourada no cabelo. Foi tanto ou tão pouco, que teve que ser varrido, tal era o molho caído no chão.
Agora tenho de lhe pentear o cabelo para o lado da catástrofe, para não se notar o desbaste.
Em casa, a sua capacidade inventiva de mexer onde não deve e fazer porcarias não é menor.
Há momentos em que já não sei que lhe faça.
Acabei de escrever esta frase e ela vira-se para o irmão, enquanto lhe chega o pé ao nariz:
- Gabriel, cheira o meu pé!!
Claro que o irmão acabou de a ameaçar que se vai embora com os bonecos dele, porque ela o está a chatear insistentemente.
E é esta a minha vidinha.
Às vezes só me apetece esganá-la.

Das mudanças

A Diana vai passar para a sala dos 3 anos. O Gabriel, por sua vez, vai para a sala dos 4/5 anos.

Ontem estive a falar com a Educadora dele e soube que vão ser adoptadas algumas medidas relativamente à Gripe A, vou ficar a aguardar a circular... [sei que, por exemplo, os brinquedos que alguns meninos e meninas levam de casa vão passar a ser proibidos]

Ainda não sei se a M. J. [educadora] vai continuar com o grupo da Diana, isso deixou-me um pouco triste, porque sei que ela vai estranhar se isso acontecer, sendo que eu própria gosto dela e queria que continuasse.

Adiantou-me que este ano vão adoptar um livro para o pré-escolar, mas que ainda não sabe qual será.

O grande feito, para ele, é que já não irá dormir a sesta.

:)

As we speak

A empanturrar-me de mini palmiers simples.

[sim, que hoje é o último dia de trabalho, mais 15 diazinhos de férias que vão saber pela vida...]

Da vida

Ontem recebemos a notícia do falecimento de um ex colega do meu marido. 34 anos. Um filho de 7 anos. Ficámos em choque. Num dia estava bem, no outro caiu para o chão inanimado. E por um momento lembramo-nos que a vida que nos deram sem escolhermos, também se pode ir da mesma forma, sem que possamos escolher o dia, a hora...que isto é tudo aleatório, que nada nos pertence, que este sangue que nos corre nas veias pode parar o seu curso num abrir e fechar de olhos.

Chega-se a uma certa idade em que não dá para pensar que somos de ferro e que nada nos atinge. Porque as coisas não acontecem só aos outros. Que a vida não é só isto, ou seria tudo muito injusto. Quando se têm crenças, como eu tenho, sofre-se um bocadinho por pensarmos que quem amamos não reflecte no futuro como nós, e que não anseia pelo mesmo que nós. E os dias correm num tal frenesim que, só em situações como esta, percebemos o quão triste é não ansiarmos pelo mesmo, como um todo. Mas isso eu já sabia quando me casei...e agora só me resta confiar e esperar, porque a esperança é o que nos move, o que nos anima, o que nos ampara.

Filmes da minha vida V

" - Henry, l love Rose. The old Rose. The one with no make - up who loves the perfect bite. l love her. lt's real. lt's not based on passion, - although l feel that. Or lust, although l feel that. Or even physical attraction. She ... though l thought she was beautiful. Her eyes, her mouth. The way she held herself, made fun of herself.

-She eats carrots now. lsn't that tragic?"

Do racismo, preconceito, xenofobia, nacionalismo, o que quiserem...

O meu cunhado é brasileiro. Todos conhecemos as expressões infelizes e depreciativas que muitas vezes se proferem em relação aos brasileiros e, o que se pode adequar a alguns não faz de todos os outros iguais.

Há uma semana, o cunhado da irmã dele chegou para passar cá um mês de férias. Como tem carta [e o meu cunhado não], tem andado para cá e para lá, desde que a minha irmã está no hospital, para lhes dar uma mão.

Anteontem, ao entrar numa bomba de gasolina, passou por cima do passeio. A carrinha é grande, ele não está habituado às dimensões, enfim, acho que podia acontecer a qualquer um.

Viram de imediato a senhora da caixa fazer queixa ao polícia que lá estava.

Aproximou-se deles e pediu os documentos do carro. Mal se apercebeu que eram brasileiros, começou o circo.

e-que-não-era-daqui-e-que-a-cadeira-da-minha-sobrinha-era-a-partir-dos-16-quilos-e-que-a-menina-não-aparentava-ter-esse-peso-e-que-na-terra-dele-podia-saber-conduzir-mas-que-aqui-não-tinha-a-menor-condição-para-andar-na-estrada-e-que-desaparecessem-antes-que-os-multasse-e-que-nunca-mais-lhe-aparecessem-à-frente!

O rapaz ficou tão nervoso que todo ele tremia.

Eu também tremo, mas é com a ignorânciaziazinha demente que predomina.

Porque gente preguiçosa, falsa, incumpridora e má existe em toda a tribo, nação e língua. E enerva-me profundamente este tipo de conduta, sobretudo de quem devia ser um exemplo de cidadania.

Eles coitados ficaram bloqueados, e estavam sozinhos. Se eu lá estivesse, tão certo como eu estar a escrever isto, que tinha pedido o nome ao senhor guarda e tinha feito queixa dele na esquadra respectiva. É que a farda que ele enverga não lhe dá o direito a más criações e julgamentos de valor.

Fico pior que uma barata!!!

[eu detesto política, mas há tempos o CDS PP fez uma proposta de lei que visava que todos os cidadãos estrangeiros que pretendessem entrar no nosso país se fizessem acompanhar do respectivo registo criminal actualizado. quem tivesse cadastro ficava à porta. isso sim, era alguma coisa com cabeça tronco e membros, mas não, preferem deixar entrar sem critério e depois andar a tratar mal as pessoas como se fosse tudo má rês]

Livros da Anita

A Diana já tem mais um.

Hoje pediu que o fotografasse

Hoje não cabia em si de contente.

Gostei tanto de ouvir que me apeteceu partilhar

Ode à corrupção

Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta a prova?

Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro.

Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.

Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais!

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz!

Meu coração está no escuro, mas a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. "Não roubarás!",

"Devolva o lápis do coleguinha",

"Esse apontador não é seu, minha filha".

Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar!

Até hábeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará!

Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear!

Mais honesto ainda eu vou ficar!

Só de sacanagem!

Dirão: "Deixe de ser bobo! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!"

E eu vou dizer: "Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.

"Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambau!

Dirão: "É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!"

E eu direi: "Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!"

Sei que não dá pra mudar o começo,

Mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o Final!

poema de Elisa Lucinda, declamado por Ana Carolina

Do passeio de ontem

Até me espantei com a tranquilidade com que tudo se passou. Na verdade, isto de sair sozinha com os dois começa a ser cada vez menos problemático.
O meu filho saiu da escola a dizer:
- oh mãe, eu quero daquelas batatas que calham!!!
Traduzindo, quer dizer batatas do Mac que dão direito a prenda.
Fiz o enorme sacrifício de comer dois sundaes de chocolate com bolacha moída, porque ele deixou o dele praticamente inteiro. Cheguei a casa, não houve birras, viram desenhos animados e depois dei banhos sem grande frenesim, gritos e afins, como é costume num dia normal. Tive sorte, é isso, só pode. A coisa estava a correr-me de feição de uma tal forma que até aproveitei para vistoriar e cortar as unhas aos dois.

Só para contrariar, e porque deve ter bebido imensa água à sucapa, enquanto eu lavava os dentes ao irmão, a garota presenteou-me com um xixi na cama esta manhã, coisa que não acontecia há muito tempo.

Nothing is perfect.

Vai continuar internada

Disseram que está tudo a correr bem, mas que a zona intervencionada está inchada e um pouco roxa, por isso preferem mantê-la lá até terem a certeza de que não vai infectar nem ter outras complicações. Mais um dia no hospital. Logo irei vê-la.

Ansiosa

A minha irmã foi submetida a uma microcirurgia hoje. Pensei que fosse tudo rápido e quase indolor, mas afinal foi tudo ao contrário. Esteve desde manhã a soro, à espera que chegasse a vez dela ir para o bloco, o que só aconteceu a meio da tarde. Reagiu mal a um medicamento (náuseas e tonturas) que lhe foi dado a par da anestesia, que penso ter sido local, e à pouco, perguntando ao meu cunhado se ela estava animada, disse-me que não, que estava bastante queixosa com as dores...humpf! Fico mesmo desconsolada com estas coisas. Eu aqui bem da vida e sabê-la no hospital, sem sequer ter acesso ao seu telemóvel, a noite toda...

Só-faltam-três-dias-e-meio-só-faltam-três-dias-e-meio...

Esta semana está a parecer-me eterna. Eles andam verdadeiramente saturados da escola. Hoje, estavam à espera que a tia fosse buscá-los, mas como teve de ir ao médico, a coisa prolongou-se e já não vai dar. Liguei para falar com o Gabriel, porque já sabia que ele ia ficar desapontado e isso, normalmente, traduz-se em lágrimas. E tinha muita razão. O pai vai à bola, não pode ir buscá-los. Sobro eu. Prometi-lhe que vamos comer um hamburguer e um gelado e que depois vamos de autocarro para casa. Ficou um pouquinho mais animado, mas custa-me sempre sentir-lhe a tristeza. Há coisas piores, pois há...mas aquela é a minha cria, e as lágrimas dela, e sem poder secá-las e dar-lhe um abracito custa sempre mais.

Venham lá as cinco e meia da tarde, que eu quero é pirar-me daqui. Bahhh!

Excelente tarde de praia

Foi daqueles dias em que aproveitámos a tarde de Domingo até ao tutano.
Já me tinha esquecido como gostava da Fonte da Telha. Levámos marmita e acabamos por poder ficar até ao pôr-do-sol e evitar a fila maior que acontece por volta das 19h.
Maravilha!
Os miúdos chegaram a casa completamente estafados e mal se deitaram, nem um pio.

Ando doida com este calor

Eu não me dou bem com estas temperaturas. É um sufoco. Hoje estivemos no parque, bem à sombra, e os miúdos ainda molharam os pés numa fonte. A água estava verde, mas também não morrem por lá enfiar os pés. Às tantas estavam todos de cuecas.

Hoje ficaram os dois a chorar ao portão da escola

Foi o drama. Tudo porque o Gabriel não é capaz de sobreviver a mudanças milimétricas à sua rotina [a quem sairá, não é Pai??].

Hoje, como tem estado tanto calor e porque só tinham uma menina à hora a que eles chegaram, a cozinheira e a M. [auxiliar] estavam à sombrinha, no recreio, a apanhar o fresquinho bom da manhã [normalmente subimos até à sala e é lá que ficam, à janela, a acenar].

Pronto. Caldo entornado. Modo lapa on e choro... lá dei mais um miminho, abraço, beijinho e fui andando em direcção ao portão, mas o senhor teve que vir a correr, pois. Fui quase obrigada a fechar-lhe o portão na cara e a Diana, que até estava tranquila, pôs-se a chorar também por solidariedade, nervosa por ver o irmão descontrolado.

Quase todos os meninos vão de férias em Agosto, e os que não vão têm avós que ficam com eles nesta altura. Julgo que não chegam a 10 gatos pingados os que lá estão durante o dia e o tempo deve custar a passar, sem os melhores amigos por perto.

Logo, saimos do trabalho e vamos directos à praia, para descomprimir e começar bem o fim de semana.

[nunca mais chega dia 24...humpf!]

Hoje é dia de festa

Cantam as nossas almas
Para a menina avó
Uma salva de palmas!!!

Apontamentos

Dela:

A minha filha não perde a oportunidade de interromper, insistentemente, uma conversa nossa.
A minha filha tem como único argumento a frase: - Mas eu quero!
A minha filha acha que o irmão tem de fazer-lhe sempre as vontades e faz por mandar nele.
A minha filha nunca obedece à 1ª, nem à 2ª, nem à 3ª.
A minha filha obedece à 4ª vez, arrastada.


Dele:

O meu filho é uma doninha. Os seus pés são dois pequenos queijos amanteigados e fedorentos.
O meu filho de manhã arrasta-se, só tem 2 neurónios a funcionar e é meio surdo.

Não sei porquê...

Quem, no seu perfeito juízo, degustaria meio quilo de gelado de chocolate com pedaços de biscoito como almoço??

Eu.

pronto, não consegui comer os 500ml, comi só 300...e depois comi um pêssego, para desenjoar...

Mãe, hoje o dia é teu

Dela (e do corte de cabelo)

De geração em geração

Passam-se as paixões futebolísticas. Umas vezes resulta, outras vezes sai o tiro pela culatra. No nosso caso acho que fomos bem sucedidos.

Aos quase 5 anos, o Gabriel olhou para a primeira página de um desses jornais desportivos, aquando do jogo entre o clube da águia e o Milan, e disse:

- olha! o B....... ganhou a taça dos Podres!!!!

Lição a reter: adversário é sempre adversário, mesmo quando ganha, nunca ganha grande coisa. :)

Ontem

No carro, quando percorríamos uma estrada sem nada à volta, a Diana ia a gritar a plenos pulmões:

- Olá, eu sou o Noddy! - só porque sim.

O Gabriel, que gosta menos de histerias, vira-se e diz:

- Epá Diana, cala-te! Ainda vais acordar as pessoas!

2 anos e 10 meses

Ela está a apenas 2 meses de fazer 3 anos.

Está cada vez mais próxima de realizar os seus objectivos.

Passa a vida a dizer:

- quando eu for crescida já posso pintar com marcadores.

ou

- quando eu for crescida vou andar no ballet.

Ontem, cortei-lhe o cabelo pela primeira vez, até à data só me tinha aventurada na franja.

Cada vez nos desafia mais. É uma criança tão doce quanto teimosa. E quando digo teimosa, é mesmo até ao limite.

É muito independente. Tem alguns ataques de ciumeira de vez em quando, pois o colo do pai e da mãe nunca pode ser para o mano. Ela acha sempre que tem prioridade.

Quando me diz:

- gosto tanto de ti. és a minha querida! [que é o que eu lhe digo a ela], acabo por achar que vale a pena todo o esforço que tem sido educá-la.

E mais uma vez, sendo cliché ou não, o tempo corre à nossa frente sem o conseguirmos apanhar.

Por força das circunstâncias

Tenho um telemóvel novo. Espero que não demorem muito a enviar a 2ª via dos cartões que tínhamos. O assalto tem sido a história do momento lá no bairro. Bairro é mesmo assim.

É impressão minha?

Ou a Blogoesfera foi toda de férias?

Mais uma semana

Mas desta vez acho que me vai custar...

Vão ser 2 semanas sozinha aqui no escritório. Sozinha com o chefe e o patrão, diga-se, mas sem as duas colegas, que entraram hoje de férias.

Tarde na piscina, com a afilhada

O meu marido saiu

Dois dias depois d'AQUILO ter acontecido estou sozinha em casa com os miúdos.
Muito embora não esteja em sobressalto, também não posso dizer que estou completamente relaxada.
Vou levar algum tempo a descomprimir...
Entretanto, e mudando de assunto, chegou o fim de semana. Ando a precisar de dormir um dia inteiro. A minha garganta está ligeiramente melhor mas acho que o meu estômago é que vai sofrer verdadeiramente com esta festa de antibiótico. Tapa-se de um lado para destapar do outro, é o que é. Já me abasteci de Vitamina C (pastilhas efervescentes) e vou andar 1 mês a tomar uma por dia, a ver se as minhas defesas se fortalecem, que as muralhas do meu castelo andam a deixar entrar tudo quanto é intruso.

Últimamente tudo me acontece

Esta madrugada vivemos momentos de verdadeiro medo.

Eu deitei-me eram 23h mas nunca preguei olho, devido às dores de garganta. Pouco antes da uma da manhã, lembrei-me que não tinha posto os lençóis da miúda a secar e que ela precisava deles de manhã.

Lá desci ao r/c e pus a máquina a funcionar. Temos uma porta de correr que separa a sala da cozinha. Fecho-a sempre, para que não se ouça o barulho das máquinas lá em cima nos quartos, e desta vez não foi excepção.

Perto das 3 da manhã, e como nunca adormeci realmente, comecei, do nada, a ouvir a máquina a trabalhar, coisa que só seria possível se abrissem a porta. Eu tinha a certeza absoluta que a tinha fechado. O meu coração disparou. Ouvi passos no andar de baixo e barulhos de quem remexia nas coisas. Acordei o meu marido, que pensou que eu estivesse louca. Lá se levantou, e eu gritei-lhe que acendesse a luz e foi aí que a pessoa fez um movimento mais rápido e ele ouviu e gritou-lhe impropérios ao mesmo tempo que produzia sons, como quem descia as escadas a correr.

A pessoa fugiu e ele arriscou a descer, eu fui logo atrás. Teve receio que estivesse armado ou que fosse mais do que um. Por isso tentou assustar para ver se afugentava quem quer que estivesse lá em baixo.

Senti-me verdadeiramente indefesa.

Nunca mais serei a mesma descontraída de sempre.

Já não estava lá ninguém. Mas a sala tinha sido remexida. O portátil já estava desligado da ficha, a carteira toda aberta, os nossos telemóveis tinham desaparecido, mas...a pessoa em questão, com a pressa de fugir, deixou o seu telemóvel para trás, mesmo em cima do sofá.

Reconheci o rosto que estava no visor. Um miúdo lá da rua, com quem o meu filho até costuma brincar. Era o telemóvel do pai. Tive a certeza disso. É toxicodependente. Ligámos para a polícia.

Os miúdos, com toda aquela algazarra acordaram. A Diana ficou agitada até de manhã.

Eu acho que nunca mais vou esquecer aquela sensação de invasão e medo. Inacreditavelmente, ontem esquecemo-nos de trancar a porta das traseiras e foi por aí que ele entrou.

Agora resta-me acreditar que ele vai ser apanhado e preso. Soubemos depois, pelos agentes, que tinha tentado assaltar mais uma casa antes de entrar na nossa.

Lá vou eu ao médico

E espero que, depois de ter andado a emborcar uma caixa de 16 comprimidos de antibiótico há 1 mês atrás, finalmente cure isto de uma vez por todas.

A febre não chega a subir, porque alterno o Brufen com o Ben U Ron, mas ontem vi que já tinha pontos brancos, vai daí que não posso fugir à ida ao médico e a toma de mais antibiótico [mas vou evitar a injecção de penicilina...meu rico traseiro...só se não houver alternativa].

A minha filha cuida de mim

A minha filha [que ontem bateu numa coleguinha] disse-me hoje, da janela onde me acena todas as manhãs:

- mãeeeeee! porta-te bem, ouviste???

Com amigdalite outra vez

Já ando saturada.

Ontem tivémos um fim de tarde diferente

O tio Pedro fez anos e fomos até à praia aproveitar os últimos raios de sol.

As miúdas vibram imenso quando chega a hora de cantar os parabéns. Nós deliciamo-nos com o magnífico pôr-do-sol, os pescadores a recolherem as redes, a lua a surgir tímidamente por detrás da arriba...

Sufoco

Jamais pensei que me pudesse acontecer, mas ontem, perdi a minha filha no estacionamento da praia.

Saímos da praia todos juntos, 3 adultos e 4 crianças. Levava a Diana pela mão. Chegados ao carro, a algazarra habitual de 4 miúdos juntos, nós a tentar arrumar a tralha, organizar as cadeirinhas...

Sentámos todos. Quando chegou a vez de sentar a Diana, a Diana não estava em parte nenhuma.

O meu coração disparou, a boca secou. Começamos todos a gritar por ela. Tudo me passou pela cabeça. A linha do comboio que liga as praias ali ao pé, tantos carros a chegar aquela hora, será que? Estava desesperada. No meio da nossa aflição, uma senhora que tinha acabado de chegar ao estacionamento veio ter connosco e disse:

- tenham calma! é uma menina pequenina? é que o senhor que está aqui a ajudar a arrumar os carros levou uma menina, que estava a chamar pela mãe, até à polícia marítima.

Minhas amigas, eu não corri, eu voei.

Só pensava, tem de ser ela, só pode ser ela.

E era. Estes momentos foram eternos mas, na realidade, entre dar pela falta dela e abraçá-la, devem ter passado somente 2 minutos. A minha vida ficou suspensa ali.

Quando a vi, impávida e serena, junto dos guardas, descomprimi e chorei. Estava nervosa e, ali com ela nos meus braços, as lágrimas que tinha guardadas desde há 2 minutos jorraram sem controlo.

Não desejo isto a ninguém, percebi que basta 1 segundo de distração e que, afinal, não é irresponsabilidade de ninguém, mas que a culpa deve ser tremenda. Porque eu encontrei a minha filha, mas há quem não encontre os seus, nunca mais.

Noite para dois

1º passo: deitar os miúdos cedo [considerando que é fim-de-semana, aí às 22H]
2º passo: degustar lentamente um fondue, com muita fruta, molhos, batata frita, tudo bem regado
3º passo: ver uma comédiazinha romântica, coisa que já não vejo há não sei quanto tempo

Talvez o meu espiritual negro preferido (depois do Amazing Grace)

(numa versão fabulosa da Lauryn Hill c/a Tanya Blount)

Why should I feel discouraged?
Why should the shadows come?
Why should my heart feel lonely?
And long for heaven and home

When Jesus is my portion
A constant friend is He
His eye is on the sparrow
And I know He watches over me
His eye is on the sparrow
and I know He over watches me
His eye is on the sparrow
and I know He watches me

I sing because I'm happy
I sing because I'm free
His eye is on the sparrow
And I know He watches me (He watches me)
His eye is on the sparrow
And I know He watches (I know He watches)
I know He watches me

(I) I sing because I'm happy
I sing because I'm free
His eye is on the sparrow
And I know He watches me (He watches me)
His eye is on the sparrow
I know, He watches me
He watches me
He watches me
I know
He watches me.

(baseado no texto do sermão da montanha que se encontra em Mateus 6:25 - 34)