Uma cassete VHS que guardo com a vida. Foi lá que gravei a primeira eco do Gabriel e onde fomos registando alguns momentos até ele ter 2 anos e pouco, onde já aparece também a Diana. Depois comprou-se a primeira máquina fotográfica digital e os mini vídeos tomaram o lugar da câmera e hoje percebi que de facto não é a mesma coisa, mas enfim.
Por mero acaso, o pai foi acertar o relógio do vídeo (sim, ainda por cá temos disso) e a cassete estava lá dentro. Confesso que, a dada altura, não contive as lágrimas. De felicidade, sem dúvida, por rever momentos preciosos de uma fase fantástica da minha vida e da deles. Mas nessas lágrimas também havia um bocadinho de nostalgia, porque já mal me lembro deles daquele tamanho. Por vezes afirmo que tenho saudades de um bebé, mas na verdade tenho saudades dos meus bebés, não de outro, mas daqueles bebés que o foram e não serão mais. Eles deliciaram-se a ver-se no ecrã, óbvio. Agora vou ali suspirar mais um pouco e pensar em como crescemos todos, nesta enorme aventura que é deixar semente.