Têm sido dias difíceis

14 de agosto de 2010

Com a Diana. Achei, honestamente, que uma semana após termos entrado de férias, em que me debati com ela até à exaustão, estava mais calma, mais obediente. Uma semana após ter recomeçado na escola, o caos instalou-se novamente. Sinto-me muito saturada. São muitas as vezes, senão quase sempre, que me sinto uma falhada na minha tarefa de educar. Esta semana tive um princípio de noite de cão. Nem consigo encontrar palavras para descrever o estado de nervos em que fiquei, devido ao comportamento dela, muito menos conseguir explicar o circo que ela armou por uma insignificância. Sei que me descontrolei, que levou a primeira tareia, que lhe dei um banho de água fria, tal era o histerismo em que ela estava, que se mijou pelas pernas abaixo enquanto subia as escadas e gritava desalmadamente (coisa tão histérica para a deixar rouca no dia seguinte, não foram uns gritinhos). 
E isto tudo porquê? Tão simples como eu a ter chamado umas 3 vezes para vir para a cama e ela ter feito ouvidos moucos. Comecei a subir as escadas com o Gabriel e ela ainda me disse: mas eu quero colo! Eu disse que não havia problema nenhum, era só ela vir até às escadas que eu a apanhava (das escadas ao sofá, onde ela estava, são 2 metros, se tanto). Estive ali uns 5 minutos a insistir com ela e nada. Cansei-me. Disse:
- ou vens ou a mãe vai subir e depois tens de vir sozinha. Vens ou não?
E não se mexeu. Subi. E o espectáculo deplorável começou segundos depois. 
Sei que o coração quase que saía pela boca, de tão descompassado e que as pernas ficaram fracas.
Depois de já a ter deitado, chorei. Sentia-me a pior criatura à face da terra. Secou-se-me a garganta de a saber deitada sem um beijo meu. Ao mesmo tempo revolta-me ela ser assim. Não sou assim tão intransigente, o que será que faz com que me prove a este ponto? Que mal faço eu? 
E andamos nisto. Ela acha que temos de nos vergar perante as exigências dela, quando e como quer...e eu sei que não posso facilitar, mas nunca sei se estou a fazer a coisa certa.

10 comentários:

  1. beijinho querida... a única coisa que te posso dizer é que és uma óptima mãe. e sei que doi muito lá dentro quando acontece algo do género... força. tu és o melhor que sabes e nunca negas a tua maternidade, por isso Raquel, não te sintas uma má mãe. és excelente querida. educar é mesmo deveras dificil...

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  2. Como te dou razão.
    A minha Didi é a mesma coisa,é tão mas tão teimosa que por vezes ralho com ela e lá saí uma palmada bem dada e depois fico tão arrependida e a sentir-me tão mal. Mas a miuda é demais, tem uma personalidade tão forte e vincada, só faz o que lhe apetece!
    Bjos e continua assim é claro que não és má mãe , temos que as vergar, de pequenino se torce o pepino

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  3. como te compreendo, infelizmente :( as birras desse tipo por aqui têm sido muitas e uma pessoa sente-se mesmo muito mal :(

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  4. a sara vai na mesma linha...e como nós não vergamos também vamos tendo momentos muito maus. o que vale é que sabemos que é uma fase (certo??) e que um dia quando dermos por ela...já passou!

    beijinho gd!

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  5. Li-te, emocionei-me e só te posso dizer que não estás sozinha.
    Também eu por vezes me desespero e depois choro... mas se por vezes acho que poderia ter sido mais branda nos ralhetes, também acho que se cedo qualquer dia são eles que mandam lá em casa... e nós somos apenas os criados que por lá andamos para satisfazer os caprichos dos meninos...
    Enfim, tarefa difícil ser Mãe e Educadora! ;-)
    Um grande beijinho!

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  6. eu acho que não tem mesmo nada a ver contigo. digo eu que não tenho 1/3 da tua paciência e a minha é igualinha. A minha dúvida é: será de serem meninas? ou será de serem as segundas? ou uma junção das duas coisas?
    Sei que me esperam muitos trabalhos e chatices com a adolescência... espero ter cabeça suficiente para lidar com a coisa como deve de ser...

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  7. Como eu te compreendo querida, passa-se o mesmo com o André :(
    Quando estas coisas acontecem perguntamo-nos "onde foi que errei", além de sentirmos o que descreves.
    Beijocas grandes

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  8. Olá
    Custa muito mas fizeste o que tinha de ser feito; Como tu própria dizes,foi por uma insignificancia...doi-nos mas se deixares passar serà cada vez pior;
    Eu tenho um em casa que não faz birras,são COLERAS,algo que nunca vi,a primeira vez pensei chamar uma ambulância pois pensei que o rapaz tivesse "queimado um fusivel" foi horrível a sensação de não saber o "milagre" para acalmar a furia; Foram vàrias e podiam durar umas duas horas de furia indescritível, acabei por perceber o que fazer(depois de vàrias tentativas diferentes),como reagir e depois de um ano de furias,hoje està mais calmo e já percebeu que não cedo às suas furias/coleras; Mas custa mesmo muito lidar com isso. Agora quando tenta começar uma digo-lhe calmamente que quem grita assim são os bébés por não saberem falar,que ele jà é grande e se não està de acordo com algo tem é de dizer e não gritar como um pequenino,e ele acaba logo a birra.
    Coragem e tem ciente que esses dramas são normais e que são tentativas de poder,fazem parte do crescimento.A nós deitam-nos a baixo,mas temos de ser firmes.
    Desculpa o testamento,bjs

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  9. Miduxe...acho que foste a primeira a utilizar a palavra certa, que me faltou, para descrever o estado dela, Coléra. Foi isso mesmo.

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Obrigada pela vossa visita!

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