Tenho a felicidade de ir falando com a educadora da minha garota todos os dias, por trabalharmos na mesma escola. Hoje confidenciou-me, em jeito de "vá lá reflectir mas não se auto flagele", que a Di, por conversas que tem mantido com ela, construiu uma muito má imagem dela própria. Por coisas que ouve em relação à sua personalidade vincada, por comparações, pelo próprio dia-a-dia, por considerar que eu, a mãe, sou perfeita, tão perfeita que ela não consegue alcançar o mesmo patamar.
Acha-se naturalmente propensa a fazer asneira, como se fosse uma coisa que lhe está por dentro da pele e à qual ela não consegue fugir.
E sim, não me vou auto flagelar, mas que isto me dá que pensar, dá. E muito...
Porque talvez tenha ajudado a montar esta imagem que ela tem de si e que os outros, que a vêem de fora, por sua vez, também lhe transmitem. E não era nada disto que eu queria. Não. Porque a minha filha, que tem muitos defeitos, como eu, também tem muitas características maravilhosas e que eu se calhar não lhas faço brilhar aos seus olhos tantas vezes quantas deveria. Porque o meu receio de que cresça torta talvez avive as minhas exigências em demasia e me tolde a necessidade de expor ao mundo o bom que é ser mãe desta miúda. Por tudo. Pela sua tenacidade, independência, criatividade, espontaneidade, carisma. Pela forma como nada é silencioso nem monótono nesta casa, quando ela está por perto. Pela forma como espevita o irmão ou como não nos deixa adormecer na nossa dormência. Faz asneiras, pois faz. Mas nada grave que não seja normal a uma criança fazer. É difícil educar e criar um ser que nos desafia e nos questiona a todas as horas. Não vou mentir. Mas adoro-a. E tudo o que ela é a distingue. E por tudo isso a amo mais do que à vida.
Por todos estes motivos não quero, de modo algum, que ela pense que não é suficientemente boa para agradar à sua mãe.
No meio das reflexões, reli este texto, que escrevi há 4 anos atrás, ainda ela era uma bebé de ano e meio.
É e continua a ser isto tudo. Não o inventei e imaginei. Tenho dois filhos, em quase tudo diferentes.
Só não é diferente o amor que lhes tenho. Igual, enorme, maior do que eu.
Por todos estes motivos não quero, de modo algum, que ela pense que não é suficientemente boa para agradar à sua mãe.
No meio das reflexões, reli este texto, que escrevi há 4 anos atrás, ainda ela era uma bebé de ano e meio.
É e continua a ser isto tudo. Não o inventei e imaginei. Tenho dois filhos, em quase tudo diferentes.
Só não é diferente o amor que lhes tenho. Igual, enorme, maior do que eu.
GLUP tenho pensado mto nisso em relação ao meu segundo tb, q é tb o palhacito de serviço, em tds os sentidos.
ResponderEliminarJá passei por isso Raquel. Um dia percebi que o rodrigo se achava naturalmente propenso para o mal. foi um abre olhos. arrepiei caminho. era demasiado exigente. ainda vamos a tempo. um grande beijinho!
ResponderEliminarAcabei de me ver ao espelho... duas vezes :(
ResponderEliminar