Da decadência humana

19 de setembro de 2007

Custa-me muito a velhice doente.
Custam-me os ais, a falta de lugar no mundo.
Custa-me ver um corpo decompor-se em vida. A vontade de partir. O definhar das capacidades. A comida sem sabor, o esforço para falar, as deformações próprias da matéria que se vai apagando aos poucos.
Custa-me o sofrimento, a tristeza. Angustia-me o fardo da dependência.

7 comentários:

  1. e quando a doença não acontece na velhice?

    aí, sim, é para mim complicado.

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  2. é defacto muito triste... já perdi os avós... já perdi um tio com cancro... tenho uma tia internada há 2 anos, sem falar, sem andar, agarrada a uma cama, depois de um avc fortíssimo... é deprimente... ela está à espera... nós esperamos com ela e custa muito, doi muito...

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  3. È a lei da vida, por muito que nos contrariemos e insistimos em não pensar nisso...!

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  4. É triste mas é o ciclo da vida...
    Beijocas!

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  5. Às vezes também penso nisso... Que detestaria chegar a esse ponto, depender de alguém... enfim...
    Bjkas

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  6. O pior é mesmo isso, as doenças associadas. Se nos prometessem que éramos umas velhas gaiteiras, valeria a pena. E ainda as há.

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