Pois é. Férias para descansar já eram. Deu para fugir à rotina, mudar de ares, respirar os aromas da serra e banhar-mo-nos naquelas águas transparentes.
Finalmente tivemos noites de Verão. Daquelas quentes, em que se anda de calções e blusa de alças. Em que a brisa amena até sabe bem.
Tínhamos que esperar pelas horas deles para tudo o que se fazia. Desses horários não nos livrámos.
Portou-se muito bem, a minha menina. Não estranhou a cama. O mano delirou com a piscina fluvial, conheceu os primos todos lá de cima e gostou de brincar com eles. O pai reviu-se na maior parte dos seus entusiasmos e delírios.
Foram ali, afinal, passadas a maior parte das suas férias de infância...
A mim ficou-me o som da ribeira pela manhã. As cigarras na hora de maior calor. A sensação fresca da água na pele a cada mergulho. O Sol que abrasava. O prazer do banho ao fim do dia, mesmo antes do jantar.
Tivémos tempo para a festa da terra. Fados, música popular, bailarico.
Fica a sensação amarga de não saber se voltamos para o ano. A família aumenta e podemos não ter lugar no ano que vem. Dava jeito ter lá uma casinha, mas os euros não esticam.
A seu tempo saberemos.
Ficam as saudades daquele vale fantástico, banhado por um dos afluentes do Rio Alva.