Não recebi flores, nem me levaram a comer fora.
Mas tenho um pai que amou a sua mãe, minha avó, como eu quero que o meu filho me ame.
Um amor que dá comida à boca, quando já não se pode mais, que limpa feridas e o que mais houver, que abraça e conforta, quando já não podemos oferecer mais nada a não ser gratidão.
Tenho um marido que me ama, que me ajuda, que divide tarefas domésticas e cuidados aos filhos.
Tenho um filho que na sexta-feira, me ligou para dizer:
- mãe, tratei do meu almoço. Cozi o peixe, as batatas e os brócolos. Depois temperei tudo com azeite e limão. Estava delicioso!
Desligámos.
Passados 15 minutos ligou novamente:
- mãe, precisas que faça alguma coisa aqui em casa?
E estas são as minhas "flores" do dia da mulher e de todos os dias.
Eu filha, eu mulher, eu esposa, eu mãe, eu irmã, eu tia...eu feliz.
É bom lembrar que tempos houve em que as mulheres não tinham voz e morreram para se fazer ouvir. Eram minimizadas em casa e na sociedade.
Hoje continuam a ser, a um outro nível de civilidade, é certo, mas de uma forma condescendente e disfarçada.
Porém, também é bom sublinhar que são as mulheres que continuam a criar homens machistas, preguiçosos e preconceituosos.
Faço a minha parte tanto com o meu filho, como com a minha filha e, dos frutos que já me são dados a colher, sigo convicta de estar a fazer o meu melhor.
Filho: - não te cai uma mãozinha se ajudares nas tarefas domésticas e souberes tomar conta de ti. As mulheres gostam de homens bem resolvidos.
Filha: - homem nenhum tem o direito de te bater ou de te diminuir. Isso não é amor. O amor faz-se nas pequenas coisas do dia-a-dia. Nunca aceites menos que isto.
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