Reunião de Pais do mais velho

9 de janeiro de 2013

O 1º período chegou ao fim e, como é costume, recebemos dos professores a avaliação do aproveitamento.
Apesar de as notas dele não serem más, como puderam ver aqui, fico sempre com a sensação de que estas notas, numa escola com outro tipo de exigência, seriam outras.
Divido-me entre o dar-lhe os parabéns e o dizer-lhe que acho que aquelas notas não correspondem à realidade, pois ele pode fazer melhor, correndo, com isto, o risco de o desmotivar. 
Na verdade, interrogo-me como é que um miúdo que ainda se engana e escreve "do" com "du" ou que ainda se engana a empregar os "S" e os "C" e não sabe que antes do "p" e do "b" é sempre a letra M e não o N...enfim...num 3 º ano, na minha altura, já não nos podíamos dar ao luxo de cometer estes erros, e ele tem um Bom.
Será que sou eu que estou a exagerar? Por vezes tenho esse receio.
1 professor por ano não ajuda. Ainda que sejam todos bons, e não me posso queixar, são 3 personalidades diferentes, 3 formas de leccionar diferentes, 3 adaptações. E, pelo que antevejo, para o ano é mais um. Ainda que possa não ser a causa, pode ser mais um motivo. 
:(
E depois a filosofia - ah, e tal, com as crianças vindas do meio envolvente em que a escola está inserida, os resultados já são muito bons... irrita-me solenemente.
Sim senhor, haverão sempre mais casos de insucesso por parte das crianças menos favorecidas, familiarmente, economicamente, socialmente, mas será que a escola, o professor, não deve ser um pólo de incentivo à excelência? Não conhecemos tantos casos de jovens desfavorecidos que fazem percursos académicos brilhantes, apesar de todos os contras? Não deve a escola alargar horizontes a estes miúdos e exigir deles aquilo que em casa não lhes é exigido, em vez de os tratar como coitadinhos ou casos perdidos?
No fundo, ficamos pela mediocridade porque achamos que não há mais nada para além disso. E tenho medo que o meu filho comece a acreditar nisto.
Resta-me fazer a minha parte, em casa. 


3 comentários:

  1. pois pois, é isso mesmo...lamentavelmente.
    Era bom que começassem a puxa-los para cima e não empurrá-los para baixo!!!:S

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  2. Parece que não mas ter um professor por ano, não criam laços com os alunos e nunca os conseguem conhecer verdadeiramente. E perde-se muito por aí, não há uma afectividade e uma preocupação desde o primeiro ano e acho que é tão importante, para um professor como para uma criança (aluno), e acho que deves sempre exigir do Gabriel, pode dar-se ocaso de ele se desmotivar. Mas tu esse papel de mãe dedicada és perita e sabes fazê-lo tão bem.

    Beijinho

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  3. É realmente preocupante! Eu, sendo professora, ainda me choca mais ver o "estado" em que o meu filho do meio está: a sus professora diz que ele é um aluno muito bom...eu vejo apenas um aluno satisfatório!Estou cheia de medo dos exames do 4ºano e da sua transição para um 5º onde é tudo diferente!

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