Respirar

15 de fevereiro de 2007


Apesar do dia cinzento e da ameça de chuva, saímos. Ela no carrinho, ele de impermeável, muito independente no seu próprio pé.
Os Bons Dias às vizinhas, os saltinhos de contentamento, a brisa a tocar ao de leve os meus olhos, a minha boca, os meus cabelos.
Depois de uma incursão à farmácia, de pararmos para ele dar umas voltas na mota [que ao invés de gasolina, anda a moedas de 50 cents] que havia à porta do café onde compramos o pão e depois de irmos abastecer-nos de fraldas para a pirralha mais nova, fomos ao Parque.
Sobe escadas, arre cavalinho e com ela a dormir no carrinho, sentei-me no baloiço [demasiado grande para ele] e sentei-o ao meu colo. Dei balanço e aí fomos nós. Os dois a sentir borboletas na barriga.
Sem dúvida que foi uma manhã diferente.
Para ele e para mim.
Às vezes, esqueço-me de respirar.

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