Update (mais vale tarde que nunca)

9 de janeiro de 2020

Já cá não vinha desde as férias de verão. Uma desgraça, portanto.
Não quero deixar este espaço morrer. Não agora, depois de tanto tempo. Não agora, que os meus filhos têm tanto gosto em vir aqui algumas vezes como se isto fosse um álbum de recordações. 
Mas a verdade é que o Instagram acaba por me permitir partilhar as fotos, que tanto gosto, e dar dois dedos de conversa nas legendas e a preguiça de aqui vir depois fala mais alto, a falta de tempo também...
Novembro foi um mês doce, pessoalmente falando, mas penoso, profissionalmente. Estava a sentir-me profundamente cansada, como se o cérebro já não conseguisse dar mais e arrastei-me até às férias de Natal como quem atravessa um deserto em busca de um oásis.
Elas chegaram e foram verdadeiramente revigorantes. Muita ronha, bolachas caseiras, passeios com a família. Muitos filmes com a manta pelas pernas, muita música de Natal. Um verdadeiro recarregar de baterias. Um desacelerar que eu ansiava como pão para a boca.
Para terminar em beleza, decidimos, impetuosamente, agarrar no carro e ir passar uns dias a Trás-os-Montes, mais concretamente Bragança. Foi bom estarmos os quatro, passear, ver novas paisagens, comer do bom e do melhor (a malta daquelas bandas não brinca em serviço no que diz respeito à comida). 
Ficámos alojados na Quinta dos Castanheiros, na Negreda. No meio do nada, digo-vos já, mas maravilhoso. Acordámos todos os dias com tudo coberto de gelo, porque a geada noturna estava muito forte e as temperaturas eram bem baixas. De manhã chegámos  a sair de casa, já depois das 9h com -1º ou 0º C.
Restaurantes, experimentámos três e não podemos recomendar mais:
Visitámos alguns lugares do Parque Natural de Montesinho, fomos até Puebla de Sanabria, já em Espanha (passando pela aldeia de Rio de Onor, que é metade portuguesa, metade espanhola). Tivémos o imenso privilégio de dar passagem a três veados selvagens que se nos atravessaram à frente do carro, na estrada. Espécimens magníficos, sobretudo o macho, com as suas hastes e porte altivo. Depois seguimos até ao lago com o mesmo nome, que é um festim para os olhos. Paisagem lindíssima, de tirar o fôlego. Ainda vimos as iluminações festivas da aldeia serem ligadas pela primeira vez, com direito a contagem decrescente e música de natal, enquanto bebíamos um chocolate quente, que veio mesmo a calhar para aquecer as entranhas, porque o frio quando escurece é qualquer coisa...toda a minha perceção de frio veio mudada de lá. 

E agora é esperar que 2020 seja igualmente repleto de novas aventuras e momentos memoráveis.



6 comentários:

Obrigada pela vossa visita!

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