Um Gentleman em Moscovo by Amor Towles
My rating: 5 of 5 stars
À partida, poderíamos pensar que uma narrativa que se desenrola o tempo todo num mesmo lugar seria um valente tédio. Passou-me pela cabeça, confesso. Mas isso é coisa que não existe quando se está com o Conde Rostov. Há várias outras personagens, claro, que enriquecem o enredo com as suas peculiaridades, sempre tão bem retratadas pelo autor, mas Rostov enche a cena. De ternura, boas conversas, experiências de vida, sabedoria e muito humor. Ri e chorei. Aprendi. O que se pode querer mais de um livro?
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Empatia
14 de março de 2019
As tragédias e a importância que elas ocupam no nosso sentimento de pesar e contrição não se medem pelo lugar onde acontecem, nem por quem são as pessoas atingidas. Pessoas são pessoas, em qualquer lugar do mundo e a perda de uma vida reveste-se sempre de um lamento inexprimível de dor, para quem assiste/sabe/assimila de longe e, sobretudo para quem, a partir de determinado dia fatídico passa a ter de lidar com o vazio insubstituível da perda de alguém que amava.
Mas há uma coisa que aguça esta empatia. O sentimento de grupo ou de pertença.
Os meus filhos são Desbravadores. O Samuel era Desbravador. Tinha 16 anos. Um pai, uma mãe, uma irmã. Também somos 4 lá em casa. Também tenho um casal de filhos. O Samuel fechou ontem os olhos, executado na sua sala de aula, em Suzano, S. Paulo.
Não compreendemos. Esta é a estranheza de todo o ser humano perante a morte. Toda a morte, mas ainda mais a prematura. Não compreendemos, mas confiamos que um dia compreenderemos.
Sim. Todas as tragédias mexem comigo. Mas esta deixou a minha garganta embrulhada e o meu coração apertado.
C.S. Lewis em tempos escreveu que: "A vida com Deus não é estar imune às dificuldades, mas ter paz quando passamos por elas."
"Não queremos que andem na ignorância a respeito dos que morrem, para não se mostrarem tristes como os outros que não têm esperança.Pois se nós acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, também Deus reunirá com Jesus todos os que morreram em união com ele." I Tessalonicenses 4:13 e 14
"Sejamos firmes em proclamar a nossa esperança, certos de que Deus não deixará de cumprir as suas promessas." Hebreus 10:23
♥
Semana 10/52 - 2019
11 de março de 2019
Este ano tenho tentado não viver em função de contagens decrescentes. Para as férias, para as viagens, para o fim-de-semana...como se os outros dias, embora banais e rotineiros, não fossem dignos de desfrute. É que, contas feitas, são estes últimos que nos ocupam a maior fatia do calendário.
Então, tenho este objetivo, de fazer com que cada dia conte. Encontrar algo positivo em cada dia.
Agradecer. Mesmo naqueles dias que parecem fotocópias dos anteriores. Há sempre alguma coisa...
Neste instante, o sol brilha, os pássaros chilreiam, empoleirados na única árvore que existe junto à varanda de segundo andar do meu escritório, comi uma sopa de cenoura no café da esquina e Março vai quase a meio, anunciando a Primavera e os dias grandes.
Estas são as últimas aquisições literárias. Peguei, para já, no livro do Amor Towles, que em breve vai ser transformado numa mini série de TV, com o Kenneth Branagh a assumir o papel do Conde Rostov. Já estou ansiosa por ver!
Contradição
7 de março de 2019
A bipolaridade da maternidade é real, sabem?
Queremos muito ter tempo para nós, para ler aquele livro em paz, para ver aquele filme ou fazer aquela viagem. Queremos muito que não precisem de nós para limpar o rabo ou comer. Que se vistam e tomem banho sozinhos. Queremos muito não ser bombardeadas com perguntas a cada minuto porque estamos cansadas.
Mas ao mesmo tempo queremos.
Porque é exatamente quando já não precisam de nós para nada. No exato momento em que deixam de estar na sala connosco ao serão. Nos fins de semana em que têm coisas para fazer com os amigos e ficamos com a agenda livre para fazermos o que bem entendemos que temos saudades desse senso de urgência que existe em se ser solicitado e preciso.
Desenganem-se, que isto do ninho vazio não é tipo penso rápido. Eles saem de casa aos poucos. E não é mau. Isto não é um lamento.
É só a constatação de que parir e educar se reveste desta alegria dorida de dar colo ao mesmo tempo que se dá asas. É um querer e um não querer eternos.
{do meu Instagram}
Livro 9 - 2019
6 de março de 2019
A Guerra que Me Ensinou a Viver by Kimberly Brubaker Bradley
My rating: 4 of 5 stars
A vida é uma sucessão de escolhas. E essas escolhas definem o nosso presente e muito do nosso futuro. Constroem quem nós somos. O que deixamos para trás e o que abraçamos para o que ainda há-de vir. A Ada escolheu erguer-se acima das experiências que podiam tê-la destruído. Isto não teria sido possível sem as pessoas que a rodearam e que a amaram. Isto ensina-me que temos uma responsabilidade tremenda em relação a todos aqueles que se cruzam no nosso caminho. Podemos ser pedras de tropeço ou trampolins para a felicidade.
Há momentos em que a vida nos traz encurralados. Mas como tão bem disse a Ada "o medo e aquilo que fazemos com ele são duas coisas diferentes."
Gostei muito, muito do livro. Das personagens, cujas emoções e comportamentos a autora soube tão bem expor. Vou ter saudades da "caverna" onde cabia toda a gente. ♥
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My rating: 4 of 5 stars
A vida é uma sucessão de escolhas. E essas escolhas definem o nosso presente e muito do nosso futuro. Constroem quem nós somos. O que deixamos para trás e o que abraçamos para o que ainda há-de vir. A Ada escolheu erguer-se acima das experiências que podiam tê-la destruído. Isto não teria sido possível sem as pessoas que a rodearam e que a amaram. Isto ensina-me que temos uma responsabilidade tremenda em relação a todos aqueles que se cruzam no nosso caminho. Podemos ser pedras de tropeço ou trampolins para a felicidade.
Há momentos em que a vida nos traz encurralados. Mas como tão bem disse a Ada "o medo e aquilo que fazemos com ele são duas coisas diferentes."
Gostei muito, muito do livro. Das personagens, cujas emoções e comportamentos a autora soube tão bem expor. Vou ter saudades da "caverna" onde cabia toda a gente. ♥
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Livro 8 - 2019
1 de março de 2019
A Guerra Que Salvou a Minha Vida by Kimberly Brubaker Bradley
My rating: 4 of 5 stars
Quando quem nos pôs no mundo nos destitui desde o primeiro momento de todo o carinho e dignidade, crescemos a acreditar que não valemos mais que lixo. Este livro mostra-nos que o amor pode ser oferecido de forma incondicional e assim mudar o mundo de alguém, mover montanhas, reverter traumas, capacitar e libertar. Que, embora possam haver deficiências físicas que nos tornam menos atraentes exteriormente, há deficiências de carácter muito mais graves, que aparência nenhuma é capaz de consertar.
- o meu pé está muito longe do meu cérebro!
❤️ Well done, Ada!
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My rating: 4 of 5 stars
Quando quem nos pôs no mundo nos destitui desde o primeiro momento de todo o carinho e dignidade, crescemos a acreditar que não valemos mais que lixo. Este livro mostra-nos que o amor pode ser oferecido de forma incondicional e assim mudar o mundo de alguém, mover montanhas, reverter traumas, capacitar e libertar. Que, embora possam haver deficiências físicas que nos tornam menos atraentes exteriormente, há deficiências de carácter muito mais graves, que aparência nenhuma é capaz de consertar.
- o meu pé está muito longe do meu cérebro!
❤️ Well done, Ada!
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