Ouvir a minha filha proferir estas palavras foi assim como um soco no estômago.
Já tinha reparado que ela precisa de constante aprovação e validação. E porquê que cheguei a essa conclusão?
Porque é exatamente isso que ela faz comigo.
Não há dia que ela não me diga que sou linda, e fofinha, e querida, a melhor mãe do mundo e sei lá mais o quê. E não estou a exagerar. Todos os dias. Não falha.
Ora eu que, honestamente, estou mais para brutamontes do que para menina de coro, disse-lhe que quando repetimos muitas vezes as mesmas coisas elas deixam de ter tanta importância porque perdem a sua singularidade. Deixam de ser especiais.
Na altura pareceu-me acertado dizer-lhe isto, mas hoje, analisando as coisas à luz desta frase que ela expressou, talvez este excesso dela nasça de uma falta minha.
Ora, já que na vida real não dá para rebobinar a fita, vou tentar daqui para a frente fazer algo acerca desta minha lacuna e demonstrar mais o meu afeto por palavras, incentivar mais, realçar o bom mais vezes.
No fundo, não o faço (ou não faço) conscientemente.
Lembro-me de me queixar do mesmo ao meu pai. Já mais velha. E agora repete-se. Ao contrário.
Fico feliz por ela ter falado. Comunicar é tão importante. Para quem fala e para quem ouve. Sem isso não é possível mudar, porque achamos que está tudo bem.
Todos temos necessidades diferentes. E é bom que estas sejam mitigadas no lugar onde primeiro nos afirmamos como gente. Em casa.
Assumimos que os nossos filhos sabem que os amamos. Mas talvez seja bom, todos os dias, procurarmos ter a certeza de que eles saibam mesmo que sim.
Lembro-me de me queixar do mesmo ao meu pai. Já mais velha. E agora repete-se. Ao contrário.
Fico feliz por ela ter falado. Comunicar é tão importante. Para quem fala e para quem ouve. Sem isso não é possível mudar, porque achamos que está tudo bem.
Todos temos necessidades diferentes. E é bom que estas sejam mitigadas no lugar onde primeiro nos afirmamos como gente. Em casa.
Assumimos que os nossos filhos sabem que os amamos. Mas talvez seja bom, todos os dias, procurarmos ter a certeza de que eles saibam mesmo que sim.
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