Quando é que nos tornamos nas pessoas de quem eles se querem afastar?
Quando é que tudo o que está lá fora passa a ser muito mais apelativo do que tudo o que têm em casa?
Quando é que os pais dos outros são sempre melhores do que nós?
Quando é que passam a ter vergonha do que dizemos ou das nossas brincadeiras?
Quando é que estar fora é sempre melhor que ficar?
Eu nunca achei que fosse ser a mãe que se deixaria ferir pelas ferroadas dos filhos adolescentes. Às vezes são palavras, às vezes apenas gestos...talvez até só um certo olhar, num determinada situação.
Mas a verdade é que a vida às vezes nos ensina que nem sempre o que pensávamos que seríamos, somos.
Não é nenhum drama. Acho. Nem vou fazer um. Mas dói de fininho.
Uma dor agridoce.
Se por um lado nos enche de alegria perceber que não são só nossos. Que outros entram no seu mundo e se tornam importantes nele. Que são queridos e desejados fora das nossas fronteiras.
Por outro, rói cá dentro um aperto que nos diz que isto é o começo do abrir de asas, tão ansiado quanto temido.
É esta a dualidade de se pôr filhos no mundo.
Dizem que temos 18 preciosos verões com eles. Com sorte, alguns mais.
Mas esta viagem, entre sermos casa e sermos só porto seguro, onde regressarão muitas vezes e partir outras tantas, custa.
Mas é esse porto seguro que lhes dá a segurança para se afastarem.... sabem que podem voltar a qualquer momento...
ResponderEliminarEu sei, Maria João. Mas a frieza e o desapego que, muitas vezes, acompanha esta estrada para a independência às vezes dói. E eu estou só no começo. No fundo, foi um desabafo. ♥
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ResponderEliminarFui eu Raquel (Mocas) mas esqueci-me que estava no pc do J :D
ResponderEliminar♥
EliminarEles sabem que podem ir porque sabem que podem sempre regressar. Sabem que não é uma viagem sem retorno.
ResponderEliminarMas é difícil, sim.
Cá estamos, Tella, para os embates. Seremos sempre colo. Sempre. ♥
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