Pais...

25 de maio de 2018

Não somos sempre paz, não somos sempre paciência, nem justiça, nem imparcialidade. Não somos sempre perfeição.
Mas somos sempre amor.
Como aquela beleza e arrebatamento que se faz sentir no meio do caos de um tornado, ou na contemplação de um fogo voraz. Ou no mar revolto. Ou no desbaratar impetuoso e incandescente da lava vulcânica que consome tudo no seu caminho até chegar ao oceano.
Cheios de medo, mas extasiados.
Cheios de adrenalina, mas acometidos da mais sincera das humildades.
A adolescência é a poesia da vida. Versos cheios de pontos de exclamação e interrogação, reticências, drama, intensidade...
Morre-se de tudo, e por nada.
Uma hipérbole emocional.
A simbiose perfeita e agridoce entre dor e encanto, que é crescer.
E, nesta peça, umas vezes somos atores principais, outras vezes figurantes, outras vezes espectadores. Até sermos cada vez mais os terceiros.
Desejando muito chegar ao último ato e irromper em aplausos. Tristes por mais uma etapa ter chegado ao fim, quem sabe cheios de vontade de pedir um BIS.

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