As aulas chegaram ao fim. (férias. não sei se exulte de alegria, se tenha medo. as criaturas andam ali na fronteira entre o adoravelmente crescidos/autónomos/amigos e o irritantemente implicativos/preguiçosos/surdos/desarrumados...)
Enfim, despedi-me da "minha" árvore de folhas amarelas, que está rapidamente a ficar despida e estou mais do que pronta para os meus dias caseiros. Pijama o dia inteiro, pantufa no pé, manta pelas pernas, velas acesas, chocolate quente, guloseimas, filmes e livros.
Enfim, despedi-me da "minha" árvore de folhas amarelas, que está rapidamente a ficar despida e estou mais do que pronta para os meus dias caseiros. Pijama o dia inteiro, pantufa no pé, manta pelas pernas, velas acesas, chocolate quente, guloseimas, filmes e livros.
Os miúdos já me fizeram prometer que faremos bolachas para decorar, por isso não me posso escapar (sim, que isto de fazer bolachas com crianças não é romântico como nos filmes, ou então sou eu que tenho problemas para resolver...entre sujidade, asneiras e teimosias às vezes aborreço-me mais do que me divirto, mas eles adoram, por isso devo fazer alguma coisa bem, espero honestamente não lhes estar a arruinar as memórias de infância com o meu mau feitio).
Também quero muito ir ver as luzes a Lisboa.
Também quero muito ir ver as luzes a Lisboa.
No sábado à noite os miúdos foram distribuir alguns kits de primeira necessidade e algumas refeições aos sem abrigo. Tive pena de não ir, mas penso que foi positivo para eles verem de perto a realidade sem filtros, ver pessoas que vivem em condições muito complicadas. A Diana falou pouco sobre o assunto. Ela tende a evitar a todo o custo demorar-se em coisas que a ponham triste. O Gabriel diz que foi bom, que conversou com alguns deles e eu peço muito que eles sejam sempre solidários e que saibam sempre olhar para as necessidades dos outros. Também serve para colocarem a vida deles em perspetiva. Para valorizarem o que têm.
E esta também foi a semana de regressar a uma tradição tão boa, tão bonita, como é a de enviar postais de Natal.
Faço parte de um grupo de mães no facebook. Mães que se ajudam, que vendem/trocam entre si roupas e outros artigos em 2ª mão, que partilham experiências, que tiram dúvidas umas às outras, que se entristecem com quem está triste, que se alegram com quem está feliz, e ali derramamos muitas vezes as nossas ansiedades, frustrações e ideias. Falamos de tudo e de nada. Sem julgamentos e sem medo. Acho que sem este grupo os meus dias já não seriam a mesma coisa. Ainda que não conheça nem metade daquelas miúdas pessoalmente, tem sido uma viagem. Uma viagem bonita. E este ano uma delas teve a ideia de fazer e enviar postais de Natal a quem quisesse e assim começou a onda dos postais. Claro que nem todas temos talento para os trabalhos manuais e eu comprei postais para enviar. É bom escolher, selecionar, escrever, pôr no correio, esperar... Gosto particularmente da espera. Nem todas as esperas são felizes, é verdade. E hoje em dia não se espera para coisa nenhuma, estamos quase sempre todos acessíveis. Mas esperar é tão bom. Abrir a caixa do correio na expectativa de receber uma missiva especial. Esperar que quem vai receber dê sinal. Esperar faz valer a pena o tempo que se dedicou a alguma coisa. Esperar confere magia ao resultado final.
E agora estou à espera das férias. Faltam 3 dias. ♥
{almofadas feitas pela minha cunhada ♥ Arco-Íris-aos-Retalhos}