Pai tenta a todo o custo (muito mais do que eu, confesso) obrigá-los a comer laranja (e fruta no geral).
Se não controlamos a ingestão de fruta deles, das duas uma, ou não comem ou a coisa varia entre a banana e a maçã. Ora que isso não está ok.
Num desses fins de almoço maravilhosos o pai disse hoje-é-laranja-e-não-quero-refilices e o Gabriel, faz aquela cara de quem vai a um velório, porém respira fundo, come e cala e ainda lança a farpa à irmã (nunca perde a oportunidade) come-isso-e-pronto-pá-não-sejas-bebé. A Diana, drama queen, já no auge da lamúria, com várias lágrimas de crocodilo a quererem rolar bochecha abaixo diz ao pai:
- não tenho a culpa que o espermatozóide que escolheste para mim não gostasse de laranja!
Concluímos portanto que ela é a vítima das fracas capacidades de escolha do pai quanto a espermatozóides (tanto espermatozóide amante de laranja...como é que ele foi capaz!). Apanhada nessa rede do destino reprodutivo, sem ter por onde fugir. Encurralada nessa tortura dos citrinos sem ter feito nada para o merecer.
Entretanto o pai saiu de casa para ir beber café e ela, com aquele olhar do gato das botas do Shreck, implora-me, sussurrando (porque sabe que eu sou mole nestas coisas):
- mãe, vá lá, o pai agora não está aqui, só me falta um quadradinho. Come tu!
Muito embora rindo por dentro, mantive-me firme (e quem conhece a peça sabe que ela implorou 3425 vezes, só para me extenuar) e disse-lhe que tinha de ser ela a comer.
A minha miúda, que sempre adorou toda a fruta (exceto ananás, que eu adoro e enjoei na gravidez) anda também muito chata com a fruta, passando pouco da maçã, banana, pera. Laranjas e outros citrinos parecem horrores, mas come rodelas de laranja se a servir com picanha... Enfim, há de melhorar...
ResponderEliminarSim, vai melhorar. Isto são fases. Mas temos de fazer o nosso papel.
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