Quem me conhece sabe que sou aquela mãe descontraída e fleumática que não entra em estado de preocupação apocalíptica à mínima coisa.
Ontem, porém, o caso foi exatamente o oposto disto.
Resumidamente:
16h50 a explicadora da Diana envia-me uma sms dando conta que ela ainda não tinha aparecido para a explicação. ligo para ela. telemóvel desligado. ligo para o meu pai. ligo para o meu marido.
17h00 depois de aguardar alguns minutos fico a saber pelo porteiro da escola que a Diana tinha passado o cartão, à saída, às 16h12
17h05 ligo ao meu pai para a ir procurar, ligo à minha irmã na esperança da minha sobrinha ter o número da colega com quem ela poderia estar (e a esta altura a explicadora também já estava na rua à procura dela)
17h10 a tal colega também tem o telemóvel desligado
17h20 o meu pai já tinha ido a minha casa. já tinha batido na porta da tal colega, mas não estava ninguém. foi à escola do Gabriel, pensando que poderia ter ido ter com ele. nada.
17h25 instala-se em mim um buraco do tamanho do universo e comecei a entrar em aflição
17h26 saio do trabalho, assim como o meu marido e ele telefona para o hospital
17h35 o meu pai encontra-a num café, ao pé de casa,
Sua excelência estava descansada da vida, a ver televisão. Já tinha comido um calipo e aguardava que o avô, como que por magia, adivinhasse onde estava. Consta que tocou à campainha da explicadora umas 5 vezes e, dado que ninguém abriu a porta, seguiu caminho. Sabia que não estava ninguém em casa por isso foi para o café, porque o dono é nosso amigo (tudo muito bem) mas esqueceu-se que seria importante pedir-lhe para nos ligar a avisar que ela lá estava.
Ainda bem que pintei o cabelo há umas semanas porque certamente me despontaram mais 4 ou 5 brancos.
Quando já passava diante de mim uma vida sem a minha menina, só queria que ela aparecesse para a encher de beijos, mas quando cheguei a casa só me apetecia esganá-la. Levou um ralhete de meia-noite, assim como uma descrição de todos os procedimentos possíveis que deve tomar caso algo do género volte a acontecer (sim, sou um calhau com olhos). Já o pai, foi dar-lhe mimo, para equilibrar os pratos da balança e, quando lhe disse: - a mãe coitadinha, quase a chorar ao telefone, com medo de nunca mais te ver... aquela alma só disse: - oh! a sério? e eu a pensar que não se importavam comigo. afinal gostam de mim. (visualizar olhos de carneiro mal morto e ler com o tom de voz da Ana dos Cabelos Ruivos)
Eu, contando até 100 e lançando-lhe o meu olhar fulminante nº 1457.
E já agradeci a Deus. Muito. Foi só um susto. Só...
epá... é o que eu digo! uma pessoa está bem e depois tem filhos... diz lá se não é? arre... (mas o final.. AHAHHAHAHAHAHAHAHHHHAHAHA!! Essa gaja não existe!!)
ResponderEliminarSe a malta soubesse, pá! Fazia tudo igual. Somos um caso de estudo.
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