Semana 11/52

17 de março de 2017

Esta semana demorou a passar...
Ando cansada. A precisar de reagir. De arrebitar. 
A começar por tratar mais de mim. Obrigar-me a esticar mais os meus limites.
Por outro lado, também tenho um filho a entrar a pés juntos na adolescência. Uma caixinha de surpresas. Esta semana foi mais uma. Eu não sou propriamente melga e, portanto, nos dias em que ele está em casa porque não tem aulas, ligo à hora de almoço e depois não ligo mais. 
Pois que sua excelência, aparentemente, já por duas vezes (admitidas por ele, mas podem ter sido mais), agarra na sua pessoa e percorre 2.5 Km a pé (com a volta perfaz 5 Km) até à escola que alguns dos seus ex-colegas frequentam para ir dar dois dedos de conversa. Sozinho. Sem dar cavaco a ninguém. Se porventura eu tivesse ligado para casa e ele não me atendesse, teria ficado morta de preocupação.
A cena é que eu tenho um pai/avô atento, e ontem acabou por me confidenciar que já tinha havido uma ocasião em que, ao chegar a casa com a Diana, ele não estava e quando questionado sobre onde tinha andado foi evasivo.
Ora, porque a nossa cidade é uma "aldeia" grande, e lá diz o ditado, a mentira tem perna curta, ele foi visto por um familiar nosso, perto da tal escola, a correr desalmadamente (de volta para casa) e essa pessoa estranhou ele estar tão longe de casa e ligou ao meu pai, que depois me ligou a mim. E assim entro no admirável mundo novo da adolescência. 
Conversa, conversa, conversa. Foi o que fizémos. Infelizmente temos um miúdo que não fala, não exprime sentimentos, é tipo parede, mudo, e só diz a verdade quando está encurralado. Nunca sabemos muito bem qual o efeito das conversas que temos com ele. Isto é difícil. O castigo será não ir ao almoço de aniversário que teria com amigos este domingo. E isto custa-me horrores. Custa mesmo. Sempre achei que os pais faziam este tipo de coisas com a maior certeza do mundo, completamente para nos lixarem a vida de propósito, mas agora vejo que há decisões que custam a tomar. Tenho para mim que agora é que começa a parte dura de ter filhos, de ser mãe e pai. Pelo menos para aqueles que se ralam verdadeiramente em ajudar bons seres humanos a crescer e a desenvolver-se.  
Que Deus nos ajude e nos dê sabedoria...



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