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Com a quase culpa de termos aberto os olhos para mais um dia.
Vamos trabalhar. Temos os nossos queridos serenos e ao pé de nós. Tudo na paz.
O quase sentimento de que termos direito a isso, quando tantos outros, numa fração de segundos deixaram de ter, é uma filha duma mãe duma injustiça.
Tudo se reveste de futilidade. O belo prato de frutas que se comeu ao jantar e que se postou no Instagram. O filme que gostámos tanto e que partilhámos no Facebook.
"Lembra-te do teu Criador, enquanto fores jovem,
enquanto não vierem os tempos difíceis
enquanto não vierem os tempos difíceis
e os anos em que vais dizer: «Não sinto gosto em viver.»
Lembra-te dele enquanto não escurecer o Sol, a luz do dia,
a Lua e as estrelas e enquanto não voltarem as nuvens,
que hão-de vir depois das chuvas.
(...)
Fecham-se as portas que dão para a rua,
apaga-se o ruído das mós e, embora as aves cantem,
já não se ouve o seu cantar.
A altura começa a causar vertigens e os caminhos ficam cheios de perigos,
enquanto a amendoeira começa a florir,
o gafanhoto a engordar e a alcaparra a dar fruto.
Mas o homem vai para a sua morada eterna.
Os que acompanham o seu funeral já se juntaram na rua.
Lembra-te do teu Criador, antes que se quebre o fio de prata,
se despedace a taça de ouro, antes que o cântaro se quebre na fonte
ou que a roda do engenho caia dentro do poço.
Então o que é pó volta para a terra donde veio.
E o sopro da vida volta para Deus, que a tinha dado.
Eu, o sábio Qohelet, repito: «Tudo é ilusão, pura ilusão!»
(...)
É tempo de concluir; já tudo foi dito.
Respeita a Deus e guarda os seus preceitos.
Isto é tudo para o homem.
De facto Deus pedirá contas de todas as acções,
mesmo quando feitas às ocultas, sejam boas, sejam más."
Eclesiastes 12
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