Setembro é sempre um mês um tanto deprimente, por vermos ficar atrás os dias longos, quentes e despreocupados das férias de verão mas, de alguma forma, eu passei a vivê-lo com alguma alegria quando comecei a ter filhos na escola.
Nada mais anti-deprê que cheiro de livros escolares a estrear, caixas cheias de lápis de cor perfeitamente afiados ou canetas de feltro alinhadas com as cargas a 100%, borrachas de arestas incólumes e lisas, cadernos imaculados, por escrever.
Organizar tudo deixava-me feliz.
Forrar livros daria outro post, mas fiquemos-nos por aqui.
(tenho para mim que as melhores coisas da vida têm todas o seu quinhão de sofrimento, antes de chegarmos ao culminar do êxtase da experiência propriamente dito)
Este ano, com a espera infinita por um desfecho para os imensos pedidos de transferência que entregámos para ver se conseguimos tirar o Gabriel da escola em que está, as sombras abateram-se sobre o meu ânimo, mais ou menos, habitual. Agarro-me à velha máxima "no news is good news", acreditando que ainda vamos ver a luz antes do ano letivo começar.
Portanto, ando aqui numa espécie de ponto morto, numa estrada com muito pouca inclinação, à espera dum empurrãozinho para ver se a bateria pega.
O dinheiro, esse, deve ser como aquelas peças de roupa com etiquetas que dizem: Não lavar a mais de 30º, porque o nosso anda a encolher a olhos vistos. Já as despesas, essas não se fazem rogadas...
Acho que de ano para ano a coisa piora. Sentimos isso no dia-a-dia.
Agora, vós que ainda ides de férias, ide e não façais real alarde, está bem?? Eu só me posso permitir sonhar com o Natal.
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