Na vida dele faltam-lhe 20 anos das nossas. Não sou a mana, sou a Raquel. Até aos 3 anos nunca percebeu que tínhamos vindo do mesmo sítio. Até nos chegou a confessar que achava que ele é que tinha nascido primeiro. A minha mãe era sempre "a mãe dele".

Construo pequenas cumplicidades com ele, quando o chamo meio em surdina, desafiando-o para algo proibido como comer semi frio de bolacha e leite condensado às cinco da tarde, com muito chocolate amargo por cima, à revelia da minha mãe...da nossa mãe.

Desejo secretamente que isso substitua as brincadeiras e os brinquedos que não partilhámos, os momentos dos quais ele não fez parte.

No fundo, tenho consciência que, mais do que ser meu irmão, ele é tio dos meus filhos. Um tio com quem vão ter muito em comum. Muito mais do que eu alguma vez terei.

(sinto uma derradeira alegria quando o vejo dar gargalhadas com o humor peculiar do Quino, enquanto desfolha o meu mega livro da Mafaldinha)

2 comentários:

  1. Raquel,

    Eu tenho dois irmãos, isto é, uma irmã 5 anos mais nova e um irmão 15 anos mais novo.

    Curiosamente, eu sou a mana dele. Sou mais próxima dele que dela. Quando eu casei ele tinha 9 anos, estava a passar o fim de semana connosco no dia em que o Rodrigo nasceu, foi connosco para a maternidade e foi o primeiro a ver o sobrinho que se tornou seu afilhado.

    Bjs,

    Sandra

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  2. Post tão ternurento :)
    Ele deve ser um amor de miúdo!
    Beijocas

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Obrigada pela vossa visita!

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