Há dias em que nos sentimos más mães?

28 de dezembro de 2005

Se há este é um desses dias.
Depois de várias tentativas para ele dormir, fui buscá-lo à cama. Chorava que nem um perdido.
Acalmou.
Fui tratar do almoço. Fiz massinhas com bróculos e gema de ovo.
Tudo muito partidinho regado com um fio de azeite.
Comeu duas colheres e de repente começou a dar com as mãos e a pô-las dentro da boca para tirar a comida.
Era comida por todo o lado. Tentei ir aquecer uma daquelas sopas de pacote para ver se queria em vez do prato.
A mesma fita, o mesmo berreiro, comida por todo o sítio.
Levei-o para a sala e tentei dar-lhe a sopa com a tv ligada. Nada, sujou-me o sofá e a mim.
Perdi as estribeiras e dei-lhe umas palmadas nas mãos, que as deixaram encarnadas.
E depois fartei-me de chorar...
Resultado: não comeu na mesma nada.
E eu fiquei a sentir-me o ser mais reles à face da terra.

19 comentários:

  1. Aconteceu-me o mesmo ontem, acreditas? Abri-lhe a boca com força, sentiu-se ofendido. Durante uns minutos não quis mais o meu colo, só o do pai... Chorei que nem uma desalmada. E o jantar caiu-me extremamente mal.

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  2. É complicado dar de comer a quem não quer comer e nós temos direito a perder a estribeiras de quando a quando, apesar que a experiência me dita que não leva nada, a não ser a pior para eles e para nós...

    Isso passa e para a próxima ( espero que não exista) lembra-te de que nada vale perderes as estribeiras.

    O pediatra do meu diz que nunca viu uma criança morrer à fome com comida em casa, quando eles tiverem fome comem.

    Desculpa o testamento costumo passar por aqui , mas penso que foi o meu primeiro comentário.

    Beijos

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  3. Este Natal recebi um livro do Eduardo Sá, intitulado "Más maneiras de sermos bons pais" e ele escreve sobre a situação que relataste. "É bom que as crianças resistam à sopa. Não tanto pk a sopa as beneficie mas porque, quando resistem, utilizam a sopa para conversar com a mãe. Será, com certeza, um modo quase perverso de falarem com ela, pk isso se faz à custa delas proprias mas, em quaisquer circunstâncias, a sopa (e o resto) supõe que a familia se mobiliza em função da criança (que desse modo assume a preponderancia familiar). Mas a sopa nunca é, para 1 criança, a sopa, mas um canal de comunicação com os pais que, às vezes, eles teimam em não entender para além da sua expressão concreta. Aliás, as grandes desordens alimentares das crianças são, na sua esmagadora maioria, resultantes da ausência de regras sensatas e maleáveis, e da grande angustia dos pais que se vive, na relação com elas, através dos alimentos."

    Interessante né?

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  4. eu acho que qualquer pessoa pode perder as estribeiras. No entanto a melhor maneira para acalmar uma criança é falar-lhe baixo, embora ela grite e dizer-lhe o quanto a amamos. Já vi milagres com isso. Mas estamos sempre a aprender! e não és uma mãe má. és uma mãe MARAVILHOSA. ele sente isso!!! Mas para sermos boas mães não é exigido que sejamos perfeitas! Beijinhos e continua a dar o teu exemplo aki!

    Bom Ano!!

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  5. És uma excelente mãe.
    Estás sempre em casa. Estás saturada. Cansada.
    Ignora.
    E como a Carla diz eles não morrem à fome.
    Ao lanche come bróculos.
    Eu não obrigo o G. a comer.

    Tens que descansar dele.
    Não deixas de ser a melhor mãe do mundo.

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  6. Não fiques triste. Acontece a todas nós. Eu também perdi muitas vezes a paciência às refeições. Perdia as estribeiras, gritava e cheguei a dar-lhe uma ou duas palmadas. Depois sentia-me a pior mãe do mundo... Hoje estou mais calma e já não me passo. Se não quiser comer, não come. Beijinho grande

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  7. Não, não digas isso! Foi por não suportares a ideia de não conseguires alimentar o teu filho que o fizeste. Tenho a certeza que se te dessem a escolher entre um sofá, paredes e chão imundos e um filho de barriga cheia; ou uma casa imaculada e um filho de barriga vazia, optarias pela 1ª hipótese, verdade? Ainda que a primeira escolha implicasse uma palmadinha. Tudo porque ficamos cegas perante a mera possibilidade de não lhes dar o melhor. O problema é que em situação de tensão tornamo-nos muitas vezes incapazes de ver o que é "o melhor". Por isso adopto a estratégia de tentar não actuar de forma mais ríspida quando uma situação mais perturbadora se atravessa diante de mim pela 1ª. Deixo passar. Mais tarde penso se teria sido melhor ter sido francamente mais dura e intransigente. Nesse caso, não deixo passar em branco uma segunda vez. É curioso o problema que levantas. Até te digo que estou há muito tempo para escrever um post sobre isto. Sobre o "dom da palavra", entendido cá à minha maneira. Quem sabe se não me vieste dar a motivação de que precisava?

    Estiveste bem. Só são vãos e absolutamente despropositados os incidentes que não nos ensinam nada. Não foi o caso. Valeu a pena! ;)

    Beijinho

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  8. Não te sintas assim...todas nós temos momentos assim faz parte afinal somos seres humanos e não máquinas perfeitas. Isso não te faz ser pior mãe...és uma mãe óptima e isso vê-se só pelo que escresves aqui!
    Ainda não passamos por situações semelhantes mas de vez em quando a menina Di faz-me perder a calma porque resolve espalhar sopa por todo o lado com a boca só pelo divertimento, normalmente tento mais um pouco e se vejo que não come mesmo não insisto mais. Acho que não vale a pena obrigar a comer...se não querem não querem comem melhor para a próxima (tb acerdito naquilo de nenhuma criança passar fome com um prato de comida à frente...)

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  9. beijinhos
    (faltavam os beijinhos né? ehehe)

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  10. Mas agora ficaste a saber que não adianta perder a calma, e que as palmadas de nada resolvem.

    Um beijinho e pensa que todas nós nos sentimos assim a determinada altura!

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  11. Se fosses má mãe não te preocuparias com ele! Acontece a todas nós, tu propria ja me disses-te isso qd me aconteceu a mim! Animo pata a frente e tenho a certeza que hoje as coisas correram melhor

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  12. olá, sei bem o que isso é, por vezes acontece-me o mesmo, quando fperco a paciência, sinto-me a pior mãe do mundo...Sei o que sentes, mas senão te sentisses assim é que era de estranhar e de preocupar...
    És uma exelente mãe, tenho a certeza disso!!
    Beijinhos e bom ano

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  13. Olha não és a primeira nem a ultima mãe a fazer isso. Eu também perco muitas vezes as estribeiras com a Marta. Fico desnorteada quando a vejo deitar a sopa fora, mas tento acalmar-me e a contar até dez para que não lhe dÊ uma palmada!
    Olha eu assino tudo o que foi dito!
    Beijos

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  14. Oi miga! Como estão?
    Todas nós por vezes nos sentimos assim, por vezes os nervos levam-nos a dar os palmadinha aos n/rebentos que se calhar até nem são mal dadas, mas que a nos, nos doi sempre muito. Calma...
    Um beijo das Amigas
    Lara e Luana

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  15. Faz parte. O sentimento de culpa! Tem que fazer parte porque também faz parte do amor que sentes pelo filhote!

    Mas, se me permites,dou-te o conselho de não transformares a hora da refeição numa "guerra"! Se ele não quiser e se puser a brincar com a comida insistes 10 minutos depois, não faz mal... Ele ainda não come sozinho, pois não? Dá-lhe uma colher para ir acompanhando a refeição (ao mesmo tempo que lha dás).

    E se não come bem hoje, come melhor amanhã! Um dia não são dias!

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  16. Não fiques triste porque qualquer mãe perde as estribeiras de vez em quando. Eu sempre fui muito paciente com as minhas sobrinhas mas a mais nova tira-me do sério e, de vez em quando, tenho mesmo de me chatear a sério. Será que por isso sou uma má tia? Claro que não, tal como tu não és uma má mãe. Quando ele não quiser comer, deixa-o: quando tiver fome logo come.
    Joquinhas e tem calma.
    Sofia

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  17. Por vezes andamos tão cansadas porque é tudo para cima de nós que ficamos um pouco mais sensiveis.

    Mas somos humanos e todos temos acções por vezes menos equilibradas.

    Não te preocupes, o teu filhote já em se lembra.

    Um beijinho e bom ano de 2006 com votos de mtas alegrias e união.

    Beijinhos

    Rita e Vasquinho

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  18. C'um caraças...

    Já passou aos 2, não?

    Nem tudo são rosas... :(((

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  19. já passou e é escusado dizer que não és má mãe, certo? sabes bem que não o és, mas também sei o que sentir isso de quando em vez.

    Beijo grande, minha linda, e lembra-te do que já aqui disseram: um bebé não morre à fome havendo comida em casa. Quando ele não quiser comer não o forces. Acima de tudo, não percas a paciência por causa disso. É só uma sopa (entre tantas que já comeu e muitas outras que ainda vai comer).

    Sónia

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